Resumo de deveres

 A Regra de Ouro ou Ética da Reciprocidade, “fazei aos homens tudo o que queirais que eles vos façam” (Mt, 7:12), não é exclusividade do Cristianismo, mas máxima aproveitada, com variantes na formulação,  pelo Zoroastrismo, Judaísmo, Confucionismo, Islamismo, Budismo, Hinduísmo e também na filosofia. (Wikipédia).

 Não há nas Sagradas Escrituras exemplo mais contundente sobre o assunto do que a parábola do Bom Samaritano, narrada com exclusividade por Lucas (10: 30-37):

“Um homem descia de Jerusalém para Jericó, quando foi assaltado e deixado semimorto”: Almas ‘por atender’ a nós não importa suas identidades. Basta-nos que possuam a cor do socorro e nós o RG da compaixão.

“Sacerdote e levita, ante o episódio, passaram ao largo”: No Plano Espiritual não será levado em conta se usávamos batina, a cor dela, se túnica ou paramento, paletó e gravata… Ser-nos-á considerado se ‘não passamos ao largo’.

“Samaritano, que ia de viagem viu-o e moveu-se de compaixão”: Na Palestina Antiga Samaritanos eram ‘persona non grata’ aos demais povos e tratados com diferença. Mas que importava isso ao socorrista já que a ninguém se identificaria?!

“Tratou suas feridas, colocou-o sobre o animal, levou-o até hospedaria próxima, cuidou-o”: Sem medo da exposição, usando de seu tempo e de seus linimentos como primeiros socorros, instalou-o em hospedaria. Caracterizados aqui a caridade moral e material, a isenção e o desprendimento.

“Pela manhã entrega ao estalajadeiro dois denários e recomenda-o a cuidar bem do ferido, pois em sua volta ao estabelecimento o ressarciria se algo a mais gastasse”: Sem cobrar tributos de gratidão, abonando o ferido como se fora um familiar e sem identificar-se ao ferido e ao hospedeiro, o samaritano segue sua viagem. Tudo o que fez foi agir, auxiliar e passar…

* * *

 Sintética a regra de ouro ou ética da reciprocidade das religiões, culturas e da filosofia; dilatadas suas aplicações. Ante o resumo de deveres, um leque de opções.

A indulgência é o zíper sob o qual se fecha um fato, nossas opiniões e as considerações alheias.

(Sintonia: Cap. Psicologia da Caridade, pg. 86, Livro da esperança, de Emmanuel/Chico, CEC Editora) – (Outono frio de 2014) – www.blogdovelhinho.com.br

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