O ENIGMA DO PRIMEIRO GOLE
Ônibus do MP estacionado em frente à casa noturna Pepsi On Stage
A equipe formada por diversas instituições que trabalharam na operação organizada pelo Ministério Público na festa de formatura do Ensino Médio do Colégio Rosário, ocorrida na noite desta quinta-feira, 17, realizou 41 atendimentos a adolescentes embriagados ou portando bebidas alcoólicas. Três deles tiveram que ser encaminhados pela equipe médica ao Hospital de Pronto Socorro pelo alto nível de embriaguez. A festa, que reuniu cerca de 2.300 adolescentes, aconteceu no Pepsi On Stage, na zona norte de Porto Alegre.
A escola é a grande parceira da família na tarefa educativa, em que pese respeitar a cidadania e sem ditar regras rígidas no lares alheios.
No Distrito Federal , uma escola tomou uma medida que tem sido alvo de polêmica, dividiu a opinião de pais e irritou alunos ao entregar um documento que sugere aos pais e responsáveis que proíbam os menores de 21 anos (isso mesmo! 21 anos) de ingerirem bebidas alcoólicas nas “inofensivas” festas e eventos sociais promovidos pelos adolescentes em suas próprias residências.
Para muitos talvez seja seja uma iniciativa um pouco exagerada, visto que falar atualmente em proibir é radicalmente proibido por essa juventude moderninha.
Sem adentrar, ainda que sutilmente, no mérito da discussão, cremos que a questão merece ser analisada, até porque as estatísticas apontam preocupantes números , demonstrando que os jovens estão bebendo cada vez mais e mais cedo, hoje na faixa etária dos 13 anos.
É bem verdade que a direção da escola deve estar restrita aos problemas intra-escolares, e que não basta apenas advertir aos pais os filhos estão bebendo. Até porque acabam empurrando o problema de volta para a família.
As escolas são importantes foros para duscussões de assuntos gerais e das mais excelentes localidades para que se debata à exaustão o problema da nefanda droga legalizada.Os que debruçaram na pesquisa sobre o drama do alcoolismo entre os estudantes do Distrito Federal, informam que oito em cada dez estudantes já usaram álcool.
Atentemos para o trecho a seguir publicado na revista “Isto É” de 17/11/99, que retrata bem uma situação-limite sobre o consumo de alcoólicos em Brasília. “Uma overdose de festas voltadas para jovens de classe média garante o alto consumo de bebidas. No feriado de Finados, o panfleto de uma festa levou quatro amigos [três deles menores de idade] a uma boate no Lago Sul, área nobre de Brasília. A R$.20,00 por pessoa, conseguiram passaporte para o paraíso adolescente: mulher bonita, som tecno e bebida de graça. Três deles deixaram a boate em mau estado. O quarto precisou sair carregado. Desfalecido, foi colocado pelo amigos no banco de trás do carro e levado às pressas para o hospital. No caminho, cruzaram com outros jovens desmaiados na calçada à espera de que, ao chegar, o pai os identificasse.”
Lamentavelmente, no Brasil se consome cerca de mais de dois bilhões de litros de pinga e mais de cinco bilhões de litros de cerveja por ano. Segundo o Dr. Josimar França, membro da Faculdade da Ciência e Saúde da Universidade de Brasília, no Distrito Federal há centenas de milhares de alcoolistas e boa porcentagem desse universo é constituído de jovens menores de 15 anos de idade. Josimar atesta que o alcoolismo é o mais importante problema de saúde pública no Brasil.Infelizmente a sociedade convive aparentemente bem com a sutileza da invasão do álcool, monstro que tem invadido e destroçado família e destruído vários lares.
Especialmente através das propagandas apelativas, hipnotizantes , que custam bilhões de dólares, intoxica-se a estrutura mental do adolescente incauto. Dessa forma, o jovem age sem padrões definidos de comportamento racional, projeta-se numa perspectiva cada vez mais próxima da derrocada em busca do entorpecimento da consciência e da razão, justificado pelo prazer alucinado no mundo das bebidas , situação em que promove mergulho no nada para as fugas espetaculares da realidade. À maneira de um incêndio que começa de uma fagulha e causa grande destruição, para muitos adolescentes de um simples gole “inofensivo” o mesmo vêm precipitar-se nos escombros da miséria moral, transformando-se em uma pessoa vazia de ideais.
Pais cristãos e absolutamente cônscios não podem oferecer bebidas alcoólicas para seus filhos sob quaisquer pretextos, ao contrário disso, devem envidar todos os esforços para os afastá-los das festas regadas à álcool , essa sim é atitude sensata!!! Não devem olvidar que a desgraça real pode ter início no primeiro gole da bebida (às vezes oferecida num momento de discontração no lar).
Creio que há suficientemente razão para que não guardemos em casa as belas e luxuosas garrafas de bebidas alcoólicas , pois aí estão acondicionados o veneno mortal, normalmente mantido em nas instalações de um “charmoso” barzinho. Aí nesse local pode ser o ponto inicial de uma história repleta de inimagináveis tragédias pessoais sobretudo para aqueles que nos são tão caros ao coração, os nossos filhos.
Jorge Hessen
Fonte: ESPIRITISMO NA REDE
e https://www.mprs.mp.br/noticias/40576/