(Catanduva/SP)
Está bem reconhecido que a maioria das misérias humanas tem a sua fonte no egoísmo dos homens.
Descrito no Evangelho Segundo o Espiritismo como uma chaga na humanidade, observa-se dia a dia o seu efeito na vida dos seres humanos.
O egoísmo é a negação da caridade e o responsável direto por dores e angústias profundas na nossa alma.
Muitos dos problemas que julgamos enfrentar em nossa existência advém das vibrações que manifestamos do interior de nossa alma, assim como muitas doenças e muitos vícios, todos vértices de uma fraqueza interior invadido por egoísmo.
De acordo com Obras póstumas, o egoísmo tem sua fonte no orgulho, que leva os seres humanos a considerar-se acima dos outros, e tudo o que é em exagero torna-se pernicioso.
Desta maneira existe maldade cultivada no amplo terreno de cada um à maneira que utiliza o livre arbítrio para exaltação do que não permite a evolução.
É comum observar os seres humanos procurando soluções para seus conflitos pessoais e obstáculos, e afirmando incessantemente que Deus é responsável pelas dores e sofrimentos que estão passando, desperdiçando tempo precioso da existência em blasfêmias e atitudes infantis, sem ao menos perceber que necessitam das dores e dos obstáculos para evoluir, tanto como necessitam muito mais olhar para dentro e se reconhecer como seres compromissados e assumir os próprios defeitos fora de si mesmos.
Ao modificar as condutas egoísticas os seres humanos conseguirão ver e ter a fé.
A Gênese categoricamente completa que o mal vem dos homens e não de Deus, e só a fé e o progresso moral assegura a felicidade dos seres humanos sobre a Terra, pois freia as más paixões e traz paz e fraternidade, em outras palavras, seres humanos reformados intimamente são evoluídos moralmente e guiados pela fé, e para estes a caridade e a fraternidade resumem todas as condições para os deveres sociais da paz, benevolência e indulgência.
Como afirma a obra O céu e o inferno, solidariedade e fraternidade são fundamentos das relações sociais, e isto significa que a evolução da alma depende do auxílio não apenas a si, mas também ao outro.
Quanto tempo se perde na crítica malfazeja ao semelhante?
Quanto tempo se perde nas rodas de maledicência?
Quanto tempo se perde na vivência de atitudes mentirosas e profanas que culminam no sofrimento de outrem?
Pequenos e singelos exemplos, mas repetidos incansavelmente por muitos no dia a dia e que não auxiliam, pelo contrário, ferem, mas não ferem ao outro apenas, a si também, pois neste momento muitos criam problemas, obstáculos, dores… as mesmas que viciosamente acusarão a consciência e participarão de suas vidas.
Não se pode esquecer que a vida resume-se na perfeição divina e conforme traz o Livro dos Espíritos: a tempestade e a agitação saneiam a atmosfera depois de tê-la perturbado.
Pensemos, pois, nas nossas atitudes, nossas dores, aflições com o discernimento que um adulto possui e não com a ilusão e visão de uma criança, pois grande é quem possui nobreza moral e fé, isto sim é singelo à alma.
Bibliografia
Obras básicas de Allan Kardec
A Gênese
Obras Póstumas
O Céu e o Inferno
O Evangelho Segundo o Espiritismo
O Livro dos Espíritos
Lilian Karla Buniak Pinto (Catanduva/SP)