Porque, no mundo, os maus tão frequentemente sobrepujam os bons?
- Pela fraqueza dos bons; os maus são intrigantes e audaciosos, os bons são tímidos. Quando estes o quiserem dominarão. (Livro dos Espíritos, questão 932)
Despotismos, Chico Xavier, forças armadas e Deus acima de todos (Jorge Hessen)
Jorge Hessen
jorgehessen@gmail.com
Há um jargão no Estados Unidos que diz: “É graças às forças armadas, e não aos sacerdotes, que podemos ter a religião que desejamos. É graças às forças armadas, e não aos jornalistas, que temos liberdade de imprensa. É graças às forças armadas, e não poetas, que podemos falar em público. É graças às forças armadas, e não aos professores, que existe liberdade de ensino. É graças às forças armadas, e não aos advogados, que existe o direito a um julgamento justo. É graças às forças armadas, e não aos políticos, que podemos votar …”
Com atributos de jornalista e escritor espírita admito que arrisco ser apolítico sob o ponto de vista partidário, todavia avaliando os noticiários e mensagens das redes sociais mormente sobre a liberdade, apesar de revelar uma brutal aberração, não há como ignorar que “ escravidão, sobretudo ideológica e política, ainda acontece em diversas partes do mundo, mormente nos países socialistas (unipartidários), a exemplo da República Popular da China, República de Cuba, República Socialista do Vietname, República Democrática Popular da Coreia, República Democrática Popular de Laos, Venezuela.” [1] Os personagens que detêm as rédeas do poder nesses países, por muitos anos, alastraram e ainda infligem a escravidão de consciência, o terror, a violência, a morte, o motim se houver oposição à ordem constitucional fixada.
Não há como esconder que, sob um cenário de guerrilha subversiva, em pleno “regime militar”, o insigne Chico Xavier participou do programa “Pinga Fogo”, apresentado pela TV Tupi – Canal 4, em 21/12/1971. Dentre as enxurradas de perguntas dirigidas ao médium de Uberaba destaco a questão a seguir: O jornalista Saulo Gomes indagou: “O que pensam os Benfeitores espirituais quanto à posição do Brasil atual [regime militar], seja no terreno político ou social?”
Chico Xavier, o “maior brasileiro da história”, esclareceu com equilíbrio, patriotismo e sem repressão: ” a posição atual [sob a autoridade das Forças Armadas Nacionais] do Brasil é das mais dignas e das mais encorajadoras, porque a nossa democracia está guardada por forças [militares] que nos defendem contra a intromissão de quaisquer ideologias vinculadas à desagregação.” [2]
O médium de Uberaba enfatiza a oração que segundo ilustra, “não é apenas endereçar palavra ou pensamento a Deus em súplica, significa do mesmo modo discursar e expor os pontos de vista, pois a oração é uma das expressões mais vivas do espírito democrático do Cristianismo, posto que cada um ora segundo as suas crenças.” [3]
Esclarece o “pupilo de Emmanuel” “sem qualquer expressão eufemística, que a posição atual do Brasil [Regime militar] é a das mais dignas e das mais encorajadoras para a democracia, pois está guardada por forças que nos defendem contra a intromissão de ideologia vinculadas a desagregação [referência ao totalitarismo marxista-leninista-maoísta]. Precisamos honorificar a posição atual daqueles [militares incorruptíveis] que atualmente nos governam.” [4]
O mais ilustre “filho de Pedro Leopoldo” reenfatiza a necessidade da prece: “Devemos orar e juntarmos os nossos pensamentos, a fim de que a união seja preservada dentro das Forças Armadas, com isso manteremos o pleno direito de orar, isto é, discursar, permutar livremente os nossos pontos de vista. Dar os nossos pareceres, permitir as nossas opiniões em matéria de vivencia particular ou coletiva. Com todo respeito e sem nenhuma ideia de bajulação, nas minhas confabulações com os Espíritos amigos do Brasil rogo para que tenhamos a custódia das Forças Armadas Nacionais e que os incorruptíveis militares continuem nos auxiliando como sempre. Isso para que não venhamos a descambar para qualquer desfiladeiro de desordem.” [5]
“Muitas das vezes acreditamos que as Forças Armadas do Brasil devem apenas funcionar nas ocasiões de beligerâncias, nas ocasiões de guerra. Precisamos resguardar os nossos corações para que essas ideias [subversivas] não infiltrem em nossa vida pública, em nossa vida coletiva e venhamos a perder o dom da liberdade em Jesus Cristo.
Vamos agradecer a situação atual [sob controle das Forças Armadas] do Brasil por que o País desfruta de ordem. Nós estamos sob o império da lei e devemos ser gratos a Deus e cooperar para que não venhamos perder a ordem, porque a ordem é como a luz do Sol, de tanto receber a luz do sol, muitas vezes nos esquecemos de agradecer esse dom da Providência Divina.” [6]
“Muitas vezes só compreendemos a ordem quando a desordem aparece. Nós somos brasileiros não devemos proceder em moldes da insensatez. Reverenciemos aqueles [militares honestos] que estão guardando o sentido da ordem no Brasil, em fazendo com que cada um de nós possamos desfrutar esse benefício da paz em nossa vida particular, em nossos lares, em nossos grupos sociais, em nossas empresas de trabalho, lembrando sempre que só não podemos desfrutar uma espécie de “liberdade”, aquela liberdade ilusória que prejudica a comunidade, não podemos prejudicar a ninguém e muito menos a sociedade.” [7]
Como deduz-se do exposto supra, tão-somente transcrevemos um depoimento de Francisco Cândido Xavier, que a rigor, apenas reproduziu eloquentemente as orientações advindas dos Maiorais do Mundo Espiritual. Um fidedigno seguidor do Evangelho não é necessariamente de “direita” ou de “esquerda”, apenas um cristão, isso é tudo. Todavia, podemos e devemos sim fazer análise de contexto. Em pleno século XXI, percebemos seres afoitos que permanecem navegando sobre águas barulhosas dos mares ideológicos (materialistas) no Brasil.
Talvez surjam no horizonte densas nuvens ameaçadoras prenunciando tormentas. Contudo, Jesus permanece no Comando, por isso a sociedade precisa caminhar firmemente em direção à paz, cuja flâmula deve fulgurar a legenda da liberdade coletiva ou individual, não obstante seja a liberdade humana concernente à concessão misericordiosa do Cristo.
Jamais permita Deus que nessa marcha surjam as armadilhas do viés ideológico da ditadura de esquerda ou de direita. Contudo, se não orarmos, exorando a intervenção amorosa de Jesus, a benefício do Brasil, da América Latina e da Terra, provavelmente em breve futuro, todos estaremos sob o tacão de chumbo da ditadura e “legalmente” seremos proibidos (isso mesmo! PROIBIDÍSSIMOS) de anunciar com liberdade os conceitos da Terceira Revelação, exatamente como ocorre na China, Coreia do Norte e com extremas restrições em Cuba. Os compactos indícios estão sob nossos olhos, mas há os que “vendo, não enxergam; e escutando, não ouvem, muito menos compreendem.” [8]
Em verdade os maníacos e desordeiros, descompromissados com o Evangelho de Jesus, são alucinados, constroem facções (movimentos suprapartidários), para a mantença do caos social. Os prováveis indicativos de desordem social raiam em cada milímetro no Brasil, cuja soberania pode estar sob riscos iminentes. Debaixo da definhada cantilena de “socorrer os pobres” (leia-se “aliená-los”) há os que alicerçam as bases para a perpetuação do ambicionado poder absoluto (como ocorre na Venezuela).
Oremos, exoremos, imploremos fartamente, para que os assuntos aqui expostos sejam apenas meus arrebatamentos ilusórios. Observemos que tudo no Brasil está em “perfeita ordem”. Exageros à parte queira Deus que “minhas” argumentações não sejam premonitórias.
Obviamente não estamos declarando que o Regime Militar seja hoje a mais eficiente solução para pacificação social, entretanto as Forças Armadas do Brasil devem permanecer atentas, até porque, a liberdade política de um povo não se pode manipular sem gravíssimas consequências.
A omissão nunca foi boa conselheira para quem deseja a ordem social. É contraproducente cruzarmos os braços acreditando que os “anjos celestiais” (Benfeitores) irão providenciar o que nos compete fazê-lo.
Tento ser apolítico, não me atrevo adentrar os pórticos de qualquer militância de ideologia partidária , todavia não me permitirei eximir de participar , se necessário for, seja pelas redes sociais, seja pelos pacíficos manifestos populares (como no caso da marcha pela vida) e outros legítimos mecanismos de pressão popular e cooperar com amor e ação no bem, visando um Brasil e um mundo melhor, auxiliando, inclusive com minha orações, os que têm o compromisso político para construir uma sociedade mais harmônica, organizada sob os auspícios da legítima LIBERDADE E DA PAZ SOCIAL.
Referências:
[1] Disponível em http://jorgehessenestudandoespiritismo.blogspot.com.br/2014/01/libe… acessado em 17/11/2014
[2] Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=5KtBqtArRfI acessado em 18/11/2014
[3] Idem
[4] Idem
[5] Idem
[6] Idem
[7] Idem
[8] Mateus 13:13