OBSESSÕES
Nem sempre conseguimos perceber.
Os processos obsessivos, vastas vezes, porém principiam de bagatelas:
O olhar de desconfiança
O momento de irritação
Um grito de cólera.
A tristeza sem motivo.
Uma frase pejorativa.
O instante de paciência.
A ponta de sarcasmo.
A indisposição descontrolada.
Estabelecida a ligação com as sombras por semelhantes tomadas de invigilância, eis que surgem as grandes brechas na organização da vida ou na moradia da alma:
A desarmonia em casa.
A rede de intriga.
A discórdia no grupo da ação.
A treva do ressentimento.
O fogo da crítica.
A discussão infeliz.
O veneno da queixa…
O afastamento de companheiros.
A doença imaginária.
A rixa sem propósito.
As obsessões que envolvem individualidades e equipes quase sempre partem de inconveniências pequeninas que devem ser evitadas, qual se procede com o minúsculo foco de infecção.
Para isso, dispomos todos de recursos infalíveis, quais sejam a dieta do silêncio, a vacina da tolerância, o detergente do trabalho e o antisséptico da oração.
Emmanuel
XAVIER, Francisco Cândido. “Segue-me!…”. Pelo Espírito Emmanuel. 7.ed. Matão, SP: Casa Editora O Clarim, 1994, p. 167-168.