Mediunidade na Casa Espírita – Mitos e Verdades

Mediunidade na Casa Espírita – Mitos e Verdades

José Alfredo MalaguttiVer a imagem de origem

Em primeiro lugar, vamos esclarecer o que é uma casa espírita.

As palavras Espírita e Espiritismo foram cunhadas por Alan Kardec para distinguir a doutrina dos espíritos e seus adeptos. Portanto não existe espírita que não se guie pelas obras de Kardec. Então, se é espírita é Kardecista, se não é Kardecista não é espírita.

A mediunidade na casa espírita, não é a principal atividade e, muito menos o centro das atenções dos espíritas verdadeiros. Ao contrário, ela é apenas uma das atividades de um Centro Espírita, sendo a caridade a mais importante, pois como disse Paulo de Tarso; “Fora da caridade não há salvação”.

Todo médium espírita deve entender que não é um privilegiado e, muito menos agraciado com o poder divino, médiuns que assim pensam são orgulhosos, quando deviam ser humildes servidores. Deve entender que sua obrigação é servir aos que necessitam seguindo sempre o exemplo de pessoas como: Chico, Divaldo, Ivone Pereira e tantos outros.

Para se tornar um verdadeiro médium espírita, deve-se estar solidamente alicerçado sobre as obras da codificação às quais deve estudar incansavelmente durante a vida toda, pois como disse Dilene Dutra Paulon: “…ao frequentar a reunião mediúnica e conhecer os mecanismos da mediunidade através dos estudos na casa espírita, estarão prontos para auxiliar e receber auxilio, obtendo assim também o equilíbrio”. Caso contrário, tornar-se-ão meros fantoches de espíritos perturbadores e zombeteiros, que outra coisa não almejam além de causar a discórdia e o tumulto no grupo mediúnico. Porém, como distinguir um espírito superior de um perturbador?

Como disse João Evangelista em sua epístola 1ª cap. IV v. 1 “Não creiais em qualquer espírito; antes experimentai se os espíritos são de Deus”

Um espírito evoluído jamais dá ordens. É sempre humilde e, por mais sábio que seja, respeita a todos como iguais. Nunca provoca discórdias e nem fomenta discussões maldosas, desrespeitosas e autoritárias entre o grupo. Um espírito superior jamais é autoritário e nunca questiona as regras da casa ou a codificação. Exprimem-se com simplicidade e, jamais são arrogantes. Quanto mais elevados, mais se mesclam pela comunhão dos pensamentos. Já os arrogantes falam de tudo sem se preocuparem e criticam os outros como se fossem donos da verdade.

Médiuns espíritas de verdade, aprendem, através de árduos estudos, a serem donos da situação. Entendem que são os donos dos mecanismos de comunicação de que se valem os espíritos e são capazes de barrar toda e qualquer intensão inferior. Por tanto, médiuns espíritas são, antes de tudo, servidores e têm como lema de vida a máxima exemplificada pelo mestre. “E quem quiser ser o primeiro entre vós que se torne vosso escravo. Assim como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir…”

Para melhores esclarecimentos sobre o tema, propomos o estudo do Livro dos Espíritos e do Livro dos Médiuns de Allan Kardec que, segundo Herculano Pires, é no estudo do livro dos Médiuns que encontraremos esclarecimentos dos mais complexos problemas. É a bússola para o sadio exercício da mediunidade com perfeito equilíbrio.

José Alfredo Malagutti

Postado por: C. E. Irmão Agostinho

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