Mãos de luz – Materializações espiritual em BH

Mãos de luz – Materializações espiritual em BH

Paulo da Silva Neto Sobrinho

BH é como nós, os mineiros, carinhosamente denominamos Belo Horizonte, a capital das Minas Gerais.

Informamos que, à época do fato, em meados de fevereiro de 2012, como se poderá ver, o médico, o paciente e a psicóloga envolvidos no caso eram todos católicos. Conforme o médico nos informou, posteriormente ele tornou-se espírita.

Em janeiro de 2013, recebemos o seguinte e-mail, ao qual foram anexadas quatro fotos de uma mesma chapa de raios X. Por questões de ética, omitimos o nome e outros dados do remetente:

——– Mensagem original ——-

Assunto: Evidência recente de materialização espírita em Belo Horizonte

Data: Fri, 4 Jan 2013 17:50:10 -0800 (PST)

De: xxxxxxxxxx

Responder a: xxxxxxxxxx

Para: paulosnetos@gmail.com

Boa noite Sr. Paulo,

Sou médico, casado, espírita há cerca de 1 ano, desde quando me ocorreu um fato “estranho”, um paciente jovem que estava de alta do CTI de repente teve uma piora súbita e inexplicável, quase evoluindo para uma parada cardíaca. Após estabilizar o quadro e como se tratava de uma cirurgia pulmonar, solicitei um novo Raio X de tórax, que segue em anexo. Esclareço que neste momento só estava o paciente no leito, ninguém se encontrava próximo e ninguém o segurava.

Caso seja do seu interesse, possuo o exame original e posso dar maiores informações.

Esse mesmo exame já foi examinado em dois centros espíritas em BH e em um em SP.

Fui presenteado com uma obra sua, por isso resolvi lhe enviar este email.

Aguardo sua resposta.

RCS

………………………………..

Marcamos um encontro com o médico e o visitamos para nos inteirarmos mais do caso e, como não podia deixar de ser, ver pessoalmente a chapa original de raios X, que confirmamos ser autêntica.

Na ocasião, fiz questão de levar minha esposa, objetivando ter mais uma testemunha do relato e da autenticidade da chapa, na qual se verificou um fenômeno totalmente estranho, pelo menos para os céticos e materialistas. Mas, para nós, espíritas, embora raro, é normal, ou seja, está dentro das leis naturais criadas por Deus, apenas ainda não desvendadas pela ciência humana, ainda tão cética a respeito das ocorrências espirituais. Se bem que não há como agir diferente, uma vez que a ciência sequer se deu conta de reconhecer que somos Espíritos.

Nessa visita, combinamos com o médico que ele nos enviaria um relatório próprio e que procuraria a psicóloga que atendeu ao paciente envolvido, assim como o técnico de Radiologia, para obter um parecer de ambos.

Posteriormente, em 21 de janeiro, recebemos mais nove fotos da chapa de raios X, tiradas em melhores condições que as primeiras. De todas elas escolhemos algumas para apresentar aos leitores; são as seguintes:

Nas imagens, observam-se duas mãos, numa posição paralela, uma abaixo da outra, parecido com uma imposição de mãos.

Leiamos, agora, as informações que o médico nos enviou:

Relato de caso:

Sou médico, casado, até então católico pouco praticante, moro em Belo Horizonte desde dezembro de 2006, me especializei em terapia intensiva (CTI) e cardiologia, trabalho em vários hospitais, geralmente em CTI. Minha avó materna é católica fervorosa, frequenta missas, reuniões e é tesoureira da legião de Maria em uma paróquia do interior, reza do amanhecer ao por do sol e também durante a noite quando perde o sono, minha mãe é um meio-termo entre eu e minha avó.

Em 07 de fevereiro de 2012 fui testemunha de um fato para mim até então e desde então único e que sem sombra de dúvidas mudaria a minha vida e de muitas outras pessoas em minha volta e que também o testemunharam.

Estava de plantão em um CTI de um afamado hospital da capital mineira, onde permaneceria por 24 horas.

Admiti por volta das 15 horas do dia 06/02/2012 um jovem senhor de cerca de 50 anos, proveniente do bloco cirúrgico após ter sido submetido a uma cirurgia pulmonar devido a um tumor. O ato cirúrgico relatado pelo cirurgião e anestesista, como com sucesso, sem qualquer intercorrência.

O paciente encontrava-se acordado, responsivo, lúcido, com bom padrão respiratório, com oxigênio em baixas doses, com boa pressão arterial e sem qualquer queixa, e assim permaneceu pelas próximas 18 horas, tendo inclusive alimentado sem qualquer problema. Foram colhidos durante este período de observação dois exames de sangue que se apresentavam totalmente normais.

No dia seguinte, como de costume, o paciente foi reavaliado por mim e posteriormente pelo cirurgião assistente que devido à ótima evolução clínica sugeriu a transferência do paciente ao quarto, conduta da qual concordei prontamente.

Cerca de 15 minutos após esta avaliação, fui chamado com urgência ao leito do paciente e o encontrei em choque (níveis de pressão arterial muito baixos com risco iminente de parada cardíaca, neste caso com 40×20 mmHg).

Durante cerca de 30 minutos, foram tomadas várias medidas, com administração de vários medicamentos até que se conseguisse estabilizar o quadro, às custas de medicações em dose alta (noradrenalina em infusão contínua).

Após este momento de estresse era necessário realizar alguns exames para saber o motivo de uma instabilização tão abrupta e grave. Foi então solicitada uma radiografia de tórax uma vez que o paciente estava em pós-operatório imediato de uma cirurgia pulmonar, além disso durante o atendimento foi necessário a punção de uma veia profunda na região torácica.

Para minha surpresa ao examinar a radiografia, verifiquei a presença de duas imagens semelhantes a mãos sobre o tórax do paciente em posição que eu iria conhecer posteriormente como a posição do passe, porém não havia nenhuma pessoa ao lado do paciente no momento da realização do exame, além disso caso tivesse alguém segurando o paciente a imagem que seria vista não seria de mãos, mas sim de ossos como se vê com ossos do próprio paciente.

Este paciente permaneceu no CTI ainda por mais 48 horas, tendo alta em boas condições, porém, sem diagnóstico do agravamento, isto é, todos os exames laboratoriais e outros exames de imagens normais.

Por cerca de um ano, esta imagem foi analisada por pessoas ligadas ao espiritismo, por pessoas ligadas ás mais variadas religiões, também por ateus e como não poderia deixar de ser por vários colegas médicos; as reações eram quase sempre de admiração, e ninguém conseguiu tecer uma explicação que não tivesse relação com um fenômeno espiritual.

R. C. S.

Belo Horizonte, 16/01/2013

……………………………………….

Recebemos da psicóloga, por intermédio do médico envolvido, as seguintes considerações sobre o caso, ao qual denominou de “mãos de luz”. Tão apropriada essa denominação que a tomamos para título desse relato. Vejamos, então, o que ela diz:

Meu nome é P. R. S., tenho 48 anos, sou psicóloga, mãe de dois filhos, moro em Belo Horizonte. Graduei-me em psicologia pela UFMG em janeiro de 1990, especializei-me em psicologia clínica pelo CEPAFE (Centro de Psicoterapia Analítico- Fenomenológico – Existencial), e posteriormente em Psicologia Hospitalar pelo IEC – PUC – Minas. Desde o ano de 2000 sou estudiosa da Antroposofia – Ciência Espiritual, criada pelo austríaco Rudolf Steiner, tendo feito diversos cursos de aprimoramento e hoje sou membro da Sociedade Antroposófica do Brasil e psicóloga antroposófica. Sou cristã, católica por formação familiar e praticante. O estudo da Antroposofia ampliou minha visão do ser humano, trouxe a certeza de que, sendo seres espirituais vivendo uma experiência terrena, estamos em constante ciclo de nascimento – vida-morte-renascimento -, rumo à oportunidade de desenvolvimento espiritual. Atuo em consultório particular e desde 2008 no CTI de um hospital da capital mineira. A experiência que narro a seguir aconteceu em fevereiro de 2012 neste CTI, e veio coroar com beleza e emoção minhas convicções a cerca da grande ordem cósmica a qual todos pertencemos: A Ordem do Amor Universal e Supremo.

Recebemos no CTI em meados de fevereiro de 2012, um senhor, R. D., 59 anos, em pós-operatório de cirurgia para retirada de um tumor pulmonar. Ele chegou clinicamente estável, lúcido, orientado, consciente, funções psíquicas preservadas, disponível ao contato e cooperativo. Comunicando-se com reservas, em função das dores decorrentes do procedimento a que se submetera. Mantinha o humor eutímico e postura confiante. Fiz o acolhimento, as orientações sobre a rotina do CTI e intervenções que promovessem o vínculo de confiança na equipe e facilitassem sua adaptação ao setor. Coloquei-me à disposição. As primeiras horas transcorreram bem e sua alta estava prevista para breve. Contudo, subitamente houve uma intercorrência clínica, ele teve o quadro seriamente agravado, e passou a ter risco de morte, caso as medidas de suporte intensivo não fossem adotadas imediatamente. Este paciente foi assistido e respondeu muito bem ao tratamento, apresentando melhora significativa. Passados uns dois dias desde que apresentou o quadro agudo, fui vê-lo no leito e já o encontrei alerta, comunicando-se, consciente e com as funções psíquicas recuperadas. Eu já havia visto as imagens de raios X de tórax feitas logo após o momento de crise. Eu e o médico que estava no plantão e o assistia naquele dia, ficamos totalmente surpresos (posso dizer que me senti maravilhada!) com o que vimos: em meio às imagens internas do corpo daquele homem, um par de mãos, íntegras, e que até pareciam ser femininas(!), sobre seu abdome, em posição que imediatamente me remeteu a uma das posturas que nós, reikianos, utilizamos quando aplicamos o Reiki. Para mim, não havia dúvida: o que aquele paciente recebeu foi intensa proteção espiritual. Traduzida lindamente naquela imagem, contra todas as leis do nosso mundo físico. Durante o atendimento psicológico, realizado com o paciente ainda no leito, ele me disse ter experimentado uma “estranha sensação”, teve um enorme medo, súbito, uma impressão de aniquilamento, e logo em seguida, foi tomado por uma intensa paz, como jamais havia sentido. Em seguida, perdeu a consciência e só acordou um tempo depois, algo confuso e desorientado, contudo capaz de manter-se calmo, até conseguir compreender o que havia se passado naquele intervalo de tempo, do qual não tinha registros de memória. Pergunto se era ligado a alguma religião, se tinha fé. Ele diz que era de família católica, que recebeu uma formação católica, mas que até descobrir-se doente, não se sentia ligado verdadeiramente à religião, não costumava fazer orações, sentia-se de pouca fé. Desde que precisou enfrentar a doença devastadora, impulsionado pela família, tornou-se fervoroso, e depositou em Deus sua força e esperança. A partir de então, criou para si rituais de orações cristãs e participava ativamente dos momentos de oração compartilhados com a família. Ele identificou em si uma mudança significativa. Durante esta conversa, ele me disse que sabia- sentia, que sua família esteve reunida em profunda oração nos momentos mais críticos que atravessou na luta pela vida. Em conversa posterior com sua esposa, irmãos e filhos, eles confirmaram os momentos de intenso mergulho em orações, e disseram que em suas preces, pediram a intercessão da mãe do paciente, que já desencarnara, e que em vida foi extremamente amorosa e ligada de forma atuante à fé cristã. Tivemos pouco tempo mais neste atendimento. Ele logo pôde sair do CTI e seguir a missão que ainda estava por ser cumprida. Contudo, eu o fiz saber que durante as horas mais difíceis que enfrentou naquele leito de CTI, ele foi generosamente abençoado, e recebeu uma proteção Divina muito especial. Ele apenas finalizou com um sorriso nos lábios: “Eu sei!” Assim nos despedimos – temporariamente.

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E, por último, as considerações técnicas do radiologista envolvido no caso:

Laudo descritivo:

RADIOGRAFIA – TÓRAX (AP NO LEITO)

Parênquima pulmonar de transparência normal na incidência frontal.

Silhueta cardíaca de configuração anatômica.

Mediastino sem alterações aparentes.

Diafragmas convexos.

Seios costofrênicos livres.

Estruturas ósseas íntegras.

Cateter venoso transubclávio esquerdo.

Presença de artefato de aspecto digitiforme, com formato de luva na projeção do mediastino médio e abdome superior de aspecto artefactual, por provável contaminação da película ou ainda por sobreposição de imagem.

Comentários:

O mais provável q tenha acontecido eh q o técnico q manipulou a película estava contaminado de alguma forma, com alguma substancia reveladora/fixadora, talvez ele estivesse com a mão molhada na hora de manipular o filme (colocar no chassis), ou ainda tenha acabado de lavar a reveladora. isso eh o mais provável, vc até poderia confirmar com quem fez o exame no dia.

A hipótese q alguém poderia estar executando uma espécie de passe no plano espiritual, no momento do exame não sei se pode ser confirmada, pelo menos não tenho conhecimento de tal registro até hoje na história.

Vê com o pessoal aí, faz uns testes tb, de contaminar alguma extremidade da película antes de colocá-la no chassis, e me fala se deu certo.

H. F.

19.02.2012

O laudo do radiologista é importante para comprovar a autenticidade da chapa de raios X, objeto de análise.

Iremos propor algumas considerações para os detalhes que marcamos na imagem da chapa, conforme a foto que segue:

O que vemos nessa imagem é:

Detalhe 1: essa mão (esquerda), ao que nos parece, está vindo da parte de trás para a frente do corpo, por não ter a sequência do braço e ter uma certa curvatura que indica isso. Algo que nos chamou a atenção é a perfeição da unha do dedo indicador, o que nos leva a aceitar a hipótese da Psicóloga de que se trata de mão feminina.

Detalhe 2: a outra mão (direita) já se vê completa, e se prolonga até certa altura do braço. A posição na qual se encontra, com o dedo polegar para baixo, dá a nítida impressão de que pertence ao mesmo personagem que produziu a anterior (detalhe 1), numa situação, como acredita a Psicóloga, de estar aplicando o Reiki, que nós, espíritas, chamaríamos de passe. Vejamos a foto [1] seguinte:

Na imagem da chapa de raios X, as mãos do aplicador estariam um pouco mais separadas das mãos que aparecem nesta foto, quase que paralelas.

Dois importantes fatores comprovam, para nós, a sua autenticidade. O primeiro relaciona-se com o que explicamos dos detalhes das duas mãos; e o segundo é que, se fossem mãos humanas, não apareceria “massa”, mas somente ossos.

Pensou tratar-se de luvas cirúrgicas; porém, esta hipótese foi descartada pelo médico, pois a formação das mãos, como aparece na chapa, não poderia ser produzida caso fossem luvas. Supondo-as vazias não teriam um contorno tão nítido e nem apareceria unha; e na hipótese de estarem cheias por alguma substância líquida, água, por exemplo, o resultado seria igual a algo próximo de tetas de vaca, com os dedos de forma bem arredondada.

Conversando com seus pares, o médico que pediu o exame de raios X do paciente, disse que ninguém no hospital, onde tal fato se deu, conseguiu explicar o que ocorreu; todos ficaram atônitos com essa materialização.

Paulo da Silva Neto Sobrinho – Belo Horizonte, fev/2013

[1] http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/00/Reiki-Treatment.jpg/200px-Reiki-Treatment.jpg, acesso em 25.01.2013

Fonte: Este artigo foi publicado:

– revista Espiritismo & Ciência, nº 104. São Paulo: Mythos Editora, jun/2013, p. 34-41.- http://www.aeradoespirito.net/ArtigosPN/MAOS_D_LUZ_MATERIAL_ESPIRITUAL_EM_BH_PN.html –

Fonte: Espiritualidade e Sociedade

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