IMORTALIDADE DA ALMA

IMORTALIDADE DA ALMA

No ano de 1889, em Paris, foi lançado o livro Personificações Parasitárias, de autoria do fisiologista Pierre Janet, eminente discípulo de Jean-Martin Charcot, que ministrava aulas na Universidade de La Salpêtrière.

Era o magno período dos estudos psicológicos e fisiológicos, tão elevados que Sigmund Freud transferiu-se de Viena para estudar com o insigne mestre francês, inclusive, os fenômenos de hipnose, para solucionar os graves problemas da histeria, da epilepsia etc…

O Dr. Pierre Janet explicava que os denominados médiuns eram portadores de transtornos psicológicos nos quais liberavam do inconsciente personalidades anômalas ou secundárias, portanto, patológicas.

O livro produziu um verdadeiro furor, por estabelecer que os chamados fenômenos mediúnicos eram desequilíbrio da personalidade. No entanto, essa tese somente pode ser aplicada aos fenômenos intelectuais, mas não atenderiam ainda na área mental das chamadas manifestações idiomáticas. Por exemplo, falarem em línguas estranhas e particularmente os fenômenos de natureza física, tais como as ectoplasmias: materializações, desmaterializações, transportes, poltergeist etc.

Igualmente, nos fenômenos intelectuais, as escritas ao contrário (especulares), para serem lidas ao espelho etc., não podem proceder do inconsciente do médium.

Ademais, o nobre investigador nunca teve oportunidade de assistir a reuniões mediúnicas conforme o Espiritismo praticava, apenas averiguava os fenômenos patológicos no Hospital da Universidade, e ali estavam, naturalmente, pacientes psicológicos e psiquiátricos.

A princípio, os médiuns ficaram sofrendo a alcunha e recuaram na prática dos fenômenos, porém, surgiram obras magistrais demonstrando os equívocos do eminente investigador e afirmando a comunicabilidade dos Espíritos, portanto, a imortalidade da alma.

Atualmente, graças à evolução das escolas psicológicas, às experiências praticadas nos seminários realizados na cidade de Big Sur, na Califórnia, com eminentes especialistas nas investigações mediúnicas, foi criada a denominada 4ª Força em Psicologia ou Psicologia Transpessoal, que estuda os fenômenos da mediunidade, da reencarnação, portanto, espiritualista, já que as outras Escolas são materialistas.

Em consequência, os médiuns passaram a ser paranormais, nos quais os Espíritos se comunicam, confirmando a sobrevivência da vida à morte, portanto, confirmando a doutrina cristã, o Espiritismo.

Hoje, esses fenômenos contribuem valiosamente para explicar inúmeros problemas humanos, especialmente na área da saúde.

Divaldo Pereira Franco

Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 25 de junho de 2020.

Esta entrada foi publicada em A Família, Artigos, Ciência, Espiritismo, Transição. Adicione o link permanente aos seus favoritos.

Deixe um comentário