“Tende bom ânimo, eu venci o mundo”. ( Jesus- João 16:33).
Em “O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec, na questão 132, o Espírito da Verdade, em resposta a indagação do Codificador, informa que voltamos a viver na Terra, mediante o processo reencarnatório, para a redenção do nosso passado e vivência de novas experiências que nos impulsione em busca da felicidade no futuro, ao alcançarmos a perfeição a que todos estamos destinados.
Renascemos na vida material, nos moldes que se dá, dentro do contexto infantil, pois que se forma ao redor do reencarnante, a ambiência própria para a captação de novas lições, mudanças psicológicas e comportamentais das milenares e inadequadas estruturas que ainda nos prendem à inferioridade, conforme ensina a sabedoria espiritual contida na questão 383, também de “O Livro dos Espíritos”.
Pela mesma fonte Kardequiana, somos informados, agora na pergunta 582, que a paternidade é uma missão. Isso, obviamente, diante da importância da condução infanto-juvenil, pois que o Espírito que deixou o mundo espiritual buscando prosperidade, tem absoluta necessidade de orientação advinda daqueles que tem a responsabilidade pela sua educação.
Então, diante da tão importante e inadiável tarefa; a de conduzir convenientemente os rebentos que nos foram confiados por Deus, sejamos prudentes, convictos e responsáveis em ajudar aqueles que aportaram ao mundo físico, trazendo na bagagem da esperança a séria proposta de empreender esforços para a evolução espiritual. Assim, os preparemos para vencer o mundo e não somente para ganharem destaque no mundo.
As conquistas materiais e os destaques sociais terão valor e importância se nos remeterem ao progresso espiritual. Os primeiros são efêmeros, passageiros, enquanto o último é definitivo, pois conosco seguirão para os dias da eternidade, com proveito, somente as realizações que nos permitiram avanço espiritual.
Sabendo disso, indispensável que reflitamos, madura e responsavelmente, sobre como estamos guiando os “pequenos” que a Providência Divina colocou em nosso convívio. E, ela o fez, confiando na nossa firmeza em educa-los.
Utilizemos todos os recursos e informações disponíveis visando o sucesso da nossa tarefa de educador, mas jamais olvidemos a exemplificação da ética, dignidade, honradez e sublimidade. As palavras esclarecem mas somente os exemplos convencem.
Falemos a eles sobre os malefícios do álcool, do tabagismo e de outros vícios mais pesados, mas demonstremos, na prática, que também não nos damos a tais descuidos.
Ofereçamos aos nossos “meninos” tratamento médico e dentário de qualidade, escolas conceituadas, recreação saudável, alimentação adequada, roupas e calçados da moda, recursos da tecnologia do momento, tudo isso relacionado com a nossa natureza material, mas jamais ignoremos a inadiável necessidade de encaminha-los, também, para a evangelização infantil, pré-mocidade e mocidades espíritas, disponíveis nos Centros Espíritas que frequentamos, socorrendo assim a nossa natureza espiritual.
Nossos filhos estarão diante dos ídolos da música, do esporte, da dramaturgia, da política, que nem sempre dão bons exemplos. Em inúmeras oportunidade tais ícones exemplificam a degradação moral, os vícios tóxicos, a inversão de valores reais, então aprestemos, também, aos nossos rebentos as lições de Jesus, a Codificação Kardequiana, os feitos notáveis de Francisco Cândido Xavier, de Madre Tereza de Calcutá e de tantos outros que nos entregaram verdadeira melodia de dignidade e nobreza de caráter.
São importantes os passeios que fazemos com eles em shoppings, colônias de férias, praças esportivas, pois que vislumbramos o lado bonito da vida, mas os levemos, também, para conhecerem um bairro periférico, uma casa pobre, uma família que vive com extremas dificuldades, para que conheçam o lado sofrido da existência física. Assim terão uma ideia geral de como é a vida na Terra.
Os presenteemos com brinquedos e equipamentos de alta tecnologia, como celulares, tablets, notebooks, mas jamais deixemos de dar-lhes, também, livros que descrevem os imprescindíveis ensinamentos de Jesus.
Nos reunamos para almoços em família, assistir programas televisivos, participação em programas esportivos e recreativos, mas jamais olvidemos a importância e o valor das reuniões para feitura do culto do evangelho no lar.
Cuidemos, com muito esmero e atenção da natureza físicas dos nossos filhos, e, utilizemos a mesma força, o mesmo ímpeto e o mesmo tempo para cuidar, também, com muita responsabilidade e zelo, pela natureza espiritual deles.
Orientemos a geração infanto-juvenil, que está sob a nossa responsabilidade, para que vença o mundo, e, não somente para que vença no mundo, conforme lecionou Jesus Cristo, Aquele que Deus nos enviou como guia e modelo a ser seguido.
Reflitamos….
W. A. CUIN