E por falar em idosos…
Por Wellington Balbo
Alguns dias atrás, estamos em 19/07/2020, assisti à entrevista que o ex-jogador e treinador Zagallo concedeu ao Benja, jornalista esportivo.
Difícil não se emocionar.
Há duas passagens na vida de Zagallo que entraram para a história da crônica esportiva.
1 – O aviãozinho na comemoração do gol de Bebeto, que desempatou uma partida contra a África do Sul, após o Brasil estar perdendo por 2×0.
2 – O famoso e emblemático: “Vocês vão ter que me engolir”, hoje utilizado nas mais diversas ocasiões para desabafos.
A parte da emoção ficou a critério do filho de Zagallo, que fez uma homenagem ao “Velho Lobo”.
Zagallo, então, já bem velhinho, 88 anos, agradeceu ao filho pelos cuidados. Chamou a atenção, ainda, para o fato de ter 4 filhos, mas apenas este dedicar-se a ele.
Eis, aí, mais uma vez, o componente família.
Tenho chamado atenção para a importância da família na cura de muitos de nossos males, tanto do corpo, quanto da alma.
É na família que se encontra boa parte do remédio e do veneno para a sociedade.
Se a família adoece…
E tenho-me debruçado muito sobre a questão que envolve o suicídio de idosos. O número é alto.
Para vocês terem uma ideia, a taxa de suicídios no Brasil gira, mais ou menos, em 5,5 para cada 100 mil habitantes.
Quando, porém, vamos estudar o suicídio após os 70 anos, chegamos à taxa de 8,9 para cada 100 mil habitantes.
Perceberam o aumento?
Quais as razões?
Sendo o suicídio multifatorial, não há uma única razão, mas razões, que elencarei abaixo:
1 – Marginalização por parte da família e sociedade
2 – Impotência sexual
3 – Solidão
4 – Perda, pela morte, de entes queridos e amigos
5 – Doenças crônicas
6 – Sentimento de perda da subjetividade, seu papel no mundo e dificuldade de considerar-se pertencente ao tempo atual.
Há outros, outros e tantos outros.
Um olhar mais sensível aos idosos por parte da família pode amenizar, e muito, a vontade de partir deste mundo.
E os idosos que não têm família?
Os Espíritos já deram a resposta para esta indagação.
Os idosos que não têm família devem ser atendidos em suas necessidades pela sociedade.
Ainda uma ideia dos Espíritos: o forte sempre atende e socorre o mais fraco, até por que força e fraqueza são apenas recortes do atual momento existencial, uma posição que se troca, constantemente, entre todos os que estão vivendo em mundos como a Terra.
Vejo tanta gente preocupada com a História do mundo; bom seria se colocássemos os idosos nesta preocupação, porquanto também são eles a História, e eles a construíram com suor, lágrimas, trabalho e renúncia.
Vale a pena pensar nisto!
Wellington Balbo
Postado por Espiritismo na rede