Da mocidade ao poder, da fortuna à Inteligência….

Da mocidade ao poder, da fortuna à Inteligência….

Orson Peter Carrara

Imagine o leitor as possibilidades da Mocidade, da Fortuna, da Liberdade, do Poder, da Inteligência, do Casamento venturoso, da Saúde…. São aspirações comuns na maior parte da Humanidade, são desejos e lutas em busca desses estados. Se puderem estar aliados, então, ainda melhor, não é mesmo? É o pensamento corrente.

Todos eles, porém, requerem discernimento, bom senso na vivencia ou no uso consciente, evitando-se abusos e seduções, sob pena de grandes decepções.

Tentações variadas e mesmo avanços ou ataques da inveja e do ciúme, seduções de toda
espécie rondam as proximidades desses dons. Inclua-se ainda a indisciplina que gera tantos transtornos ou discórdias que se instalam, solidão, abandonos e contatos com a ignorância e desafios outros.

Aí está o escopo do capítulo 27 – O dom esquecido, constante do livro Jesus no Lar (ed. FEB), de Neio Lúcio/Chico Xavier. A narrativa refere-se a um homem com muitos méritos e que foi pedindo esses dons, um a um, vivendo-os em plenitude e sempre encontrando decepções à sua volta, apensar dos dons….

Voltando à Corte Celeste muito desanimado, face às frustrações, indagando qual dom lhe
faltara pedir. A resposta foi que faltou vivenciar a Coragem. Segundo o Mensageiro Celeste, essa grande virtude é o maior de todos os dons, pois produz entusiasmo e bom ânimo para o serviço indispensável de cada dia.

Se o homem não possui coragem para sobrepor-se aos bens e males da vida humana, de pouca utilidade são os dons temporários na experiência transitória.

(Adaptação parcial, inclusive com pequenas transcrições, do capítulo citado no próprio texto.)                    Fonte: Portal do Espírito

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Tola vaidade, louco orgulho e estúpido amor-próprio

A pergunta é objetiva, direta: “(…) Ó estúpido amor-próprio, toda vaidade e louco orgulho, quando sereis substituídos pela caridade cristã, pelo amor do próximo e pela humildade que o Cristo exemplificou e preceituou? (…)”.

É um parágrafo esquecido*, mas como é atual! E aí o próprio autor responde com clareza: “(…) Só quando isso se der” – refere-se naturalmente à substituição proposta e continua:  “desaparecerão esses preceitos monstruosos que ainda governam os homens, e que as leis são impotentes para reprimir, porque não basta interditar o mal e prescrever o bem; é preciso que o princípio do bem e o horror ao mal morem no coração do homem.”

Nem sempre prestamos atenção nesses detalhes, ainda mais porque referido trecho está em mensagem dentro do subtítulo O Duelo (que precipitadamente julgamos ultrapassado), muito atual especialmente pelos duelos mentais, psicológicos, emocionais e culturais tão em moda nas redes sociais. Sugiro ao leitor reler o segundo parágrafo acima para sentir a abrangência e atualidade do texto. O destaque fica para a expressiva afirmação: “não basta interditar o mal e prescrever o bem; é preciso que o princípio do bem e o horror mal ao morem no coração do homem”, que sugere com propriedade uma mudança em nossos hábitos e costumes, individuais e coletivos.

Convenhamos que estamos tateando ter em nós o princípio do bem e ainda não temos completamente horror ao mal – pois dele nos alimentamos, infelizmente. Como afirma o autor, somente a caridade cristã – em sua ampla compreensão e prática – pode substituir as bobagens das vaidades, do amor próprio em exagero e o louco orgulho que nos leva a tantos desajustes. Ressalte-se: individuais e coletivos.

*Trecho constante em mensagem de 1861 selecionada por Kardec e inserida no capítulo XII de O Evangelho Segundo o Espiritismo, autoria de Um Espírito Protetor.

Orson Peter Carrara

Fonte: Portal do Espírito

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