Certa vez, Chico contou-nos o lindo caso que relato a seguir, a respeito de Francesco Giovanni di Pietro di Bernardone e Clara d’Offreducci, nossos Francisco e Clara de Assis, quando ainda jovens.
Clara, de família rica e importante, com rara audácia aos 19 anos de idade, apresentou-se na humilde Igrejinha de Santa Maria dos Anjos, na noite de 18 de março de 1212, aos pés da cidade de Assis, na Itália, onde a aguardavam Francisco e seus seguidores.
Ele cortou-lhe a magnífica cabeleira de longos cachos dourados e deu a ela para vestir o grosseiro hábito de lã crua, fazendo-a pronunciar os votos de humildade, pobreza e castidade.
Em seguida, a linda menina foi encaminhada a um mosteiro.
Francisco de Assis, o compositor do mais lindo hino à alegria cristã, o cântico do irmão sol, conservou, no entanto, pelo resto de sua vida, um cacho dos belíssimos cabelos de Clara em uma algibeira costurada na parte interna da roupa, na altura do coração.
Com esse gesto, o trovador de Deus quis por certo brindar a mais fiel e entusiasta intérprete do seu ideal cristão.
Clara, por causa da sua extraordinária mediunidade de clarividência e de dupla vista, ou seja, a visão física e a espiritual, recebeu posteriormente o título de protetora da televisão.
Após tantos séculos, as sementes das ideias ecológicas e do consumo responsável, que Francisco plantou, começam a germinar.
Dos cristãos do passado, nutro grande admiração por São Francisco e Santa Clara. Da época atual, tenho idêntica a veneração por Francisco Cândido Xavier e Júlia Thekla Kohleisen, de quem falarei mais adiante.
Livro: Chico Xavier o mais importante brasileiro da história
autor: Josyan Courté
editora GEEM