As drogas e as nossas companhias espirituais

Warwick Mota

Segundo a Organização Mundial de Saúde, droga é toda substância que, após  ingerida, pode modificar uma ou mais funções do indivíduo. Desde os primeiros  clarões da civilização o homem já fazia uso das drogas, tanto no intuito de  obter prazer e se divertir, como para entrar em contato com supostas divindades.  Com o caminhar da Humanidade as drogas foram classificadas em licitas e  ilícitas.

Por muito a tempo a questão das drogas quanto ao seu uso, foi tratada apenas  como assunto jurídico ou médico, hoje porém, a visão que a sociedade tem drogas  está muito mais ampliada, ver os nossos jovens sendo consumidos pelos vícios em  virtude da falta de informação, de problemas familiares e até mesmo problemas  sociais, tem movido um grande segmento da sociedade em busca de uma solução que  contenha a invasão das drogas, que minam a nossa juventude.

O uso de substâncias altamente tóxicas ocorre normalmente entre os jovens que  não dispõem de informações adequadas, e que, na busca de um prazer ilusório e  passageiro, tentam estimular comportamentos, acabando vítimas da dependência  física e psíquica, que na grande maioria das vezes obriga-os a cometer atos de  extrema gravidade, contra si próprios, contra seus familiares e contra outrem.

Somos sabedores de que as nossas companhias, tanto nível social quanto  espiritual, está diretamente ligada aos nossos hábitos; ou seja, se alguém é  amante da literatura procurará reunir-se com pessoas que têm o mesmo gosto, se  gostamos de freqüentar estádios de futebol, procuramos conviver com pessoas que  também gostem de ir aos estádios, se é alguém que é assíduo freqüentador de  bares, os amigos desse relacionamento é também de bares, é muito natural as  pessoas se afinizarem por gostos e hábitos idênticos.

O mesmo se dá com relação as nossa companhias espirituais, que via de regra,  se dão por identidade fluídica, onde, a nossa sintonia é fator determinante para  atrair os desencarnados, ora! os nossos pensamentos são os espelho dos nosso  estado evolutivo, somos nós que escolhemos as nossas companhias espirituais, e  as acomodamos em nossas “casas mentais”, de onde se recusam sair em função do  nosso procedimento.

Muitos hábitos, considerados por nós como incapazes de prejudicar alguém, tem  por principal prejudicado nós próprios, as tragadas inocentes em cigarros, nas  festinhas promovidas por adolescentes, é o primeiro passo para incorporação de  um vício ao cotidiano destes, da simples tragada inicial passa-se ao primeiro  cigarro, depois vem o primeiro maço, e pronto! o vício incorporou-se sutilmente,  porém eficazmente.

Se entre os encarnados existe uma reciprocidade fluídica, demonstrada através  de hábitos afins, como é o caso dos fumantes, que, ao verem outro fumante  acender um cigarro, tem estes como primeira reação, acender um também, por  analogia a primeira reação de um desencarnado que está na mesma sintonia é a de  fumar também, para isso aproxima-se do fumante, para aspirar os vapores da  nicotina, sugerindo-o de forma sutil, a uma simbiose de difícil aparte, não  precisa dizer que este mesmo processo se repete de forma análoga com outros  tipos de drogas.

Estar atento ao comportamento de nossos filhos, acompanhar o crescimento  destes de forma participativa, buscar o entendimento através do diálogo, são  quesitos fundamentais no combate às más inclinações, ainda inerentes aos mundos  de provas e expiações. A recomendação do Cristo “orai e vigiai”, nos remete às  recomendações do Espírito Joanna de Ângelis que nos propõe um posicionamento  efetivo e atento dentro do contexto.

“A educação moral à luz do Evangelhos sem disfarces nem distorções, a  conscientização espiritual sem alardes; a liberdade e orientação com bases na  responsabilidade; as disciplinas morais desde de cedo; a vigilância carinhosa  dos pais e mestres cautelosos; a assistência social e médica em contribuição  fraternal constitui antídotos eficazes para o aberrante problema dos tóxicos __  auto-flagelo que a Humanidade está sofrendo, por haver trocado os valores reais  do amor e da verdade pelo comportamentos irrelevantes quão insensatos da  frivolidade”.(1)

(1) Após a Tempestade, Cap. 8 Divaldo P. Franco pelo Espírito Joanna de  Ângelis  – Editora LEAL 1992

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