VIDA NOTURNA NA VISÃO ESPÍRITA

VIDA NOTURNA NA VISÃO ESPÍRITA

por Richard Simonetti

1 -Sou vidrado em espetáculos noturnos “da pesada” — penumbra nevoenta, luzes faiscantes, som “manero”, turma animada… Um êxtase!

É compreensível. Há quem goste de banho de lama, férias no Polo Norte, tanajura frita. Há até Espíritos que apreciam morar no Umbral! Gosto não se discute.

2 -Umbral?

Vejo que você não leu a obra de André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier, onde descreve uma região densa e escura que circunda a Terra, habitada por Espíritos em desajuste, ainda presos aos interesses da Terra. Seria o purgatório da Igreja Católica. Para nós, espíritas, o Umbral.

 3 – E o que tem isso a ver com minha curtição?

 É que essas casas noturnas parecem sucursais do Umbral. Ambiente sombrio, inconsequência, gente avoada e até drogada…

 4 – Espíritos também?

 Aos montes, perturbados e perturbadores gravitando em torno dos encarnados.

 5 – Qual o problema se estamos todos numa boa?

 Muitos pacientes no manicômio também se sentem assim. Criminosos, assaltantes, estelionatários, adúlteros, estão todos “numa boa”. Só que essa “boa” de hoje será a “péssima” de amanhã, em lamentável envolvimento com o desajuste.

 6 – Que mal pode haver num lugar onde a gente vai curtir um som, em ambiente de descontração e alegria, num agito muito feliz?

 Começa pelo som, tão ensurdecedor que fatalmente músicos e frequentadores habituais terão problemas auditivos. Depois o envolvimento com o álcool, as drogas, que correm soltos, o sexo promíscuo e mais a sintonia com Espíritos umbralinos. Resultado a médio e longo prazo: perturbação, enfermidade, obsessão, infelicidade. Decididamente, não é uma boa.

 7 -Nada disso me afeta. Sinto-me muito bem.

 Problemas dessa natureza não surgem da noite para o dia. Há um efeito cumulativo, como um copo d’água que só transborda quando cheio.

 8 -Há no Espiritismo alguma proibição a respeito?

 O apóstolo Paulo dizia “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas me convêm”. É exatamente esse o ponto de vista doutrinário. Faça o que deseja, mas considere que nem sempre o objeto de seus desejos é algo conveniente. Cuidado com o Umbral!

 Nota do próprio autor – Nós temos duas maneiras para evitar o que é inconveniente:

 1º – Colhendo as consequências de nossas iniciativas.

 2º – Recebendo informações a respeito. O Espiritismo nos oferece essa segunda alternativa. A opção é nossa. Aprendemos pelo saber ou pelo sofrer.

Rede Amigo Espírita

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