Um sentido para a vida

Dilvano Westenhofer Brum *

(Reproduzido do site: www.espirito.org.br)

É certo que todos nós temos muitas questionações durante o decorrer de nossa existência. Por vezes, ficamos pasmos frente aos “mistérios” da vida. Logo, queremos repostas. Nosso coração parece clamar ardentemente por elas. Então procuramos de maneiras diversas: na ciência e/ou na religião. Nos variados tipos e linhas de conhecimento: filosofia, teologia, nas ciências do ocultismo, nas ciências religiosas, na psicologia ou até mesmo no ateísmo. Surge com maior relevância a busca de um sentido para a vida.

Num mundo dilacerado por pseudo valores e contagiado por um progresso, não raras vezes, desumano e cruel, há gritos de corações vazios, sedentos e famintos de realização. Sintomas que acusam um crise existencial que bem material algum é capaz de sanar. Instalou-se uma patologia social de difícil cura. Uma verdadeira praga. Segundo o que li em revistas diversas, nunca os consultórios de psicologia estiveram tão cheios como nos últimos dez anos. E em cima de tal crise criou-se um campo de exploração da miséria humana… Que dito “Pós-Modernismo” idiota é este? Deixou-se uma fresta e de muitas pessoas tomou conta o dito “mal do século”, ou do milênio, como alguns arriscam afirmar.

Atentos para o que a história registra, demonstra e ensina, podemos verificar o exemplo de tantas pessoas que descobriram um sentido para a vida: a dedicação a uma causa que, de fato, valia a pena. A uma causa nobre. Com pensamentos, intenções e ações que ultrapassam os objetivos meramente profissionais. São pessoas que acreditaram no amor. Pessoas que hoje também continua crendo e agindo por amor. Tivemos e temos inúmeros testemunhos: o educador, o político, o religioso consagrado, o pessoal da medicina, das ONG’s, dos institutos filantrópicos… Uma dedicação prestada integral e continuadamente não à si, mas em prol da coletividade. Vidas que se gastam a favor de uma melhor e mais condizente vida para os outros. Um serviço que é realizado de maneira desinteressada, pelo “amar sem esperar ser amado”. Enfim, no desprendimento aos bens que passam, abraçaram os que não passam jamais. Como estes, podemos também nós encontrar o meio mais eficaz de realização dos nossos mais profundos anseios, como o da busca de um sentido para a vida.

É preciso crer no amor. Para quem não crê no amor, nada do acima exposto tem valor. Todavia, os que acreditaram e acreditam no amor, nos dão sim, um testemunho vivo e real da alegria de viver e fazer da nossa existência um instrumento em prol da vida e da esperança.

Dilvano Westenhofer Brum, 26 anos é ex-seminarista, agente de pastoral católica e acadêmico do curso de História na FAPA (RS). Escreve periodicamente sobre assuntos diversos.

Contatos: dilvano@hotmail.com

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