O Governo do Universo

Dalmo Duque dos Santos

A Consciência é o governo do Universo. É ela quem reina e comanda a Vida, em todos os planos e dimensões que formam o Infinito. Nada escapa à sua Onisciência e Onipresença, através das leis que regulam a Natureza, em todos os lugares e mundos.

Quando passamos a perceber essa verdade em nós, iniciamos imediatamente o processo de gestão de nossas existências. Passamos a administrar os rumos que tomam as nossas vidas.

Somos pequenas consciências, criadas à imagem e semelhança de uma Consciência Maior, que rege as coisas e alimenta todas as necessidades.

Somos microcosmos de uma realidade macro-cósmica.

Em nós existe, em pleno funcionamento, todas as dinâmicas e rítmicas que acontecem nos múltiplos esteios da Criação. Carregamos em nós todos os seus elementos vitais: a energia, o tempo, os ciclos, as pulsações, os compassos, circunstâncias, pensamentos, emoções, vontades, escolhas, decisões e finalmente as tramas do destino. Tudo isso é o Reino da Vida, que existe dentro e fora de nós, simultaneamente.

Não é por outro motivo que todos somos, a todo instante, impulsionados pela necessidade de dominar e controlar as inúmeras forças que se movimentam ao nosso redor. Vivemos incomodados numa perturbação física e psíquica, tentando acalmar o turbilhão de inquietações íntimas e também exteriores.

Como Hércules, o filho de Zeus e Alemena, trazemos gravados em nossa memória espiritual os sinais das nossas origens divinas. Temos como metas compromissos inadiáveis, semelhantes aos Doze Trabalhos do célebre herói da mitologia grega, cuja realização representa as equações das coisas que precisamos entender, compreender e depois colocar em prática. Muitos enigmas ainda terão que ser decifrados.

Não é por outra causa também que estamos constantemente insatisfeitos, sempre em busca das coisas que consideramos inexplicáveis e incompreensíveis. Por isso sempre queremos mudar as que estão prontas e acabadas e resolver os problemas que estão, desde sempre, solucionados.

Queremos ser deuses, dominar consciências, direcionar destinos alheios e contrariar a ordem natural. Enfim, queremos engolir toda a água dos oceanos e respirar toda a poeira cósmica que se espalhada pelo espaço. E ainda assim continuamos entediados, insaciáveis, querendo governar o mundo, porém fugindo sempre da necessidade de governar a nós mesmos.

Esse tem sido o nosso dilema central, esquecendo-nos de que perigoso não é morrer e sim existir. Esse tem sido o nosso “ser ou não ser”, o drama de todas as consciências, a história de todas as criaturas e dos eternos mistérios da Criação.

Mas a consciência que herdamos do Criador tem sido a ferramenta principal das nossas tarefas, a bússola que vem nos guiando desde as mais rudes experiências dos reinos físicos até o nosso recente ingresso no reino psíquico.

Ela é o meio que certamente nos conduzirá ao fim, que é o nosso encontro ou mergulho definitivo na Consciência Divina.

Ela não é mero efeito do acaso existencial, mas o produto de uma longa jornada evolutiva pela qual passam os seres vivos, em incontáveis experiências nos pacientes laboratórios da Natureza. E a parcela de consciência humana, na escala infinita da Consciência Divina, talvez seja apenas um dos inúmeros estágios desse grande percurso. Ainda assim, ela não dá saltos, e sim queima as etapas de um complexo processo de percepção da realidade:

• 1º momento – a consciência Apreende a realidade

• 2º momento – a consciência Compreende a realidade

• 3º momento – a consciência Significa a realidade

• 4º momento – a consciência Projeta a realidade

• 5º momento – a consciência Critica a realidade

• 6º momento – a consciência Age sobre a realidade

• 7º momento – a consciência Transforma a realidade

Artigo Reproduzido com Autorização do Autor

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