O Espírito e seu corpo

O Espírito e seu corpo

Paulo Afonso

Quando o espírito sai do corpo | O TEMPO

Gênesis 3:19

“Do suor do teu rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, porque dela foste tomado; porquanto és pó, e ao pó tornarás.”

NO MOMENTO DA PARTIDA DO VEÍCULO FÍSICO:

Quando o momento da separação chegar, o Espírito deve-se despedir do corpo, com os agradecimentos nascido do fundo do coração, com muito amor, gratidão e humildade. Este instrumento fantástico e maravilhoso, nos suporta, em todos os instantes da vida. Pouco, foram os momentos em que o respeitamos, praticando esporte e o alimentando corretamente. É ele a ferramenta pela qual Deus nos emprestou, e merece de nós, todo o respeito. Mas, nós o agredimos, através do que entra e sai pela boca, pelas más emoções, dos riscos físicos do qual o expomos e através de todos os prazeres, vícios e sensações que o prejudica e o agride. Nossa ignorância é tão grande, que destruímos até o habitar saudável, a sua própria sobrevivência e a de toda a cadeia da natureza, que nos trazem o equilíbrio planetário. E nele que encontramos através das várias encarnações sucessivas, e cada uma com um corpo que se merece e se conquista, isto, segundo nossos valores morais e intelectuais alcançado e exercitado em favor de nós mesmo e dos semelhantes, e assim, colhendo sempre, o que semeamos, como nos alertou Jesus. É nele e através dele, que podemos viajar nas escolas do mundo, em seus mais variados graus de escolaridade. E é o que nos fazem sermos diferentes um dos outros e aprender assim, a crescer, e ascender a escada que nos conduz a Deus, evoluindo a cada encarnação. Esses são os nossos objetivos a ser alcançado, através dos quesitos, morais, intelectuais, sociais, éticos e políticos, dentro das ciências, das filosofias, das sociologias e das religiões. Deus nos criou simples e ignorantes, para que um dia, através das virtudes conquistadas individualmente, pudéssemos retornarmos aos seus braços, iluminados pelo esforço próprio de cada um. E nada disto seria possível, sem o auxílio de um corpo físico e de preferência, saudável. Por tudo isto e muito mais, devemos respeitá-lo com todo amor.

NO MOMENTO… A DESPEDIDA COM TERNURA:

Autora do poema abaixo: “Mallika Fittipaldi”

Na cama, estendido ele dorme.

Olho para cada parte sua.

Os cabelos esbranquiçados pelo tempo.

As pálpebras caídas.

Por baixo delas olhos que já não têm tanto brilho.

Já não têm tanta luz seus cristalinos.

Ao lado dos lábios as cicatrizes dos sorrisos.

Afinados pelo uso constante.

Faltam-lhe alguns dentes.

Outros estão desgastados pelo uso.

A face não tem mais o rosado da infância.

E as carnes se depõem flácidas sobre os ossos.

Na testa, mil caminhos que se estendem aos olhos.

São as rugas de milhões de expressões durante a vida.

A musculatura frouxa encobre a sua ossatura.

Não existe mais firmeza e delineamento.

Os órgãos também não se prestam à precisão.

Falham e funcionam lentamente.

Viveu comigo por toda minha vida.

Compartilhou minhas vitórias, minhas alegrias.

Minhas perdas e derrotas.

Sempre estava lá.

Quando voltava das minhas saídas noturnas.

Acompanhado pelos parceiros e guias.

Agora espero seu último suspiro.

As máquinas já foram desligadas.

O coração quase que não atende mais o seu propósito.

Os companheiros de outras jornadas esperam comigo.

Falta pouco…

Em um instante ele estremece.

O último fio que nos liga é cortado.

Chego próximo.

Dou-lhe o último ósculo.

Agradeço por ter sido a minha morada por longos anos.

Por ter suportado meus excessos.

Abraço meu guia e partimos.

Findou mais uma vida na Terra.

Inicia-se nova jornada no mundo da alma.

Fonte: Espiritualidade e Sociedade

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