Jesus é a sublime síntese do Amor (Jorge Hessen)
Jorge Hessen
O Divino Mestre sempre enviou seus emissários para instruir povos, raças e civilizações com conhecimentos e princípios da lei natural. Além disso, há dois milênios, veio pessoalmente sancionar os conhecimentos já existentes, deixando a Boa Nova como patrimônio para toda Humanidade.
Observando o fluxo histórico dos povos, raças e civilizações identificamos que em todos os tempos houve missionários, fundadores de religião, filósofos, Espíritos Superiores que aqui encarnaram, trazendo novos conhecimentos sobre as Leis Divinas ou Naturais com a finalidade de fazer progredir os habitantes da Terra.
Porém, por mais admiráveis que tenham sido esses apóstolos, nenhum se iguala ao Soberano Governador da Terra. Até mesmo porque todos eles estiveram a serviço do Mestre Incomparável, o Guia e Modelo do homem neste mundo de prova e expiação.
Kardec, na introdução de O Evangelho Segundo o Espiritismo, escolhe o Ensino Moral das Escrituras, porque não está afeito a controvérsias, podendo inclusive unir todas as crenças em torno da sua proposta universalista. Na Terra, onde se multiplicam as conquistas da inteligência e fazem-se mais complexos os quadros do sentimento conspurcado no materialismo, compreendamos que o Cristo, na trajetória da Humanidade, foi o único mestre completo, exato e inquestionável, que abdicou do convívio com os seres celestiais para viver e coexistir conosco na carne.
Nos tempos áureos do Evangelho o apóstolo Pedro, mediunizado, definiu a transcendência de Jesus, revelando que Ele era “o Cristo, o Filho de Deus vivo” . No século XIX o Espírito de Verdade atesta ser Ele “o Condutor e Modelo do Homem”. Para o célebre pedagogo e gênio de Lyon, o Cristo foi “Espírito superior da ordem mais elevada, Messias, Espírito Puro, Enviado de Deus e, finalmente, Médium de Deus.” Não há dúvidas que Jesus foi o Doutrinador Divino e por excelência o “Médico Divino”, segundo André Luiz. Por sua vez, Emmanuel o denomina de “Diretor angélico do orbe e Síntese do amor divino”.
Quando o Codificador questionou os Espíritos sobre quem teria sido o ser mais evoluído da Terra, recebeu uma resposta tão curta quanto profunda: “Jesus!”. Sua lição é não só a pedra angular do Consolador Prometido, da Doutrina dos Espíritos, mas a régua de medida, o referencial universal com que aferiremos o nosso proceder, o nosso avanço ou o nosso recuo no processo de espiritualização que nos propusermos: a visão real do que somos no íntimo de nossa consciência e quão perto ou distante estejamos do incondicional Amigo e Mestre que nos exorta a amarmos uns aos outros como Ele nos amou.
Adorado por uns, execrado por outros, indiferente para muitos, o Crucificado deixou ensinamentos muito singelos, porém profundos, Ele aplicou a filosofia que difundia, desconcertando os inimigos gratuitos, recebendo apoios no povo e confundindo os restantes. Aos Espíritas sinceros cumpre não perder de vista essa realidade de suma importância – a total vinculação do Espiritismo com os ensinos do Filho do Homem, com o Cristianismo primitivo, pela base moral comum a ambos, sem desvios impostos pelo interesse dos religiosos infiéis.
O Desejado das Nações vigia e cuida a nau terrestre e se compadece de cada um de nós, facultando-nos vários recomeços para conquista definitiva da paz. Cada palavra que o Bom Pastor plasmou na atmosfera terrena dirige-se a todos nós, ontem, hoje e sempre independentemente de onde possamos estar ou do que fazemos.
O Príncipe da Paz transcende as dimensões de toda análise convencional e paira muito além do grau de desenvolvimento científico, moral ou espiritual de qualquer representante dos mais renomados intelectuais humanos, porquanto Ele foi, é e sempre será o construtor excelso do nosso planeta, quando sequer a vida existia nas plagas do orbe.