Fatal encontro com a Luz

(Reproduzido a partir do site www.bvespiritia.com)

A maioria da humanidade terrena jaz distraída, jornadeando pelos labirintos sombrios da vida material. Vive, em realidade, postergando o encontro fatal com uma fé religiosa racional, lúcida, convincente. Enquanto isso, vai preferindo as ilusões factíveis que são do agrado momentâneo somente do mundo físico e dos que a ele se mantêm enjaulados.

Acordar espiritualmente, para essa maioria dos humanos, é caminhar sobre calhaus onde espinhos lhes espetam a consciência, mesmo assim sem lograr que seus olhos vejam o que se faz necessário e urgente, pejados que estão pelo bafio das ilusões transitórias que satisfazem por momentos.

Não querem esses religiosos tristes e pessimistas, que apenas vivem com a sua própria dor e a dos seus seguidores, empregar esforços no sentido de se apropriarem, através de uma visão atualizada, de princípios religiosos racionais embasados que se acham em estudos metódicos e persistentes, os quais abrangem tudo quanto lhes falta em matéria de solidificação e de maturidade do real senso religioso. Tomada tal iniciativa,melhor poderão, iluminando-se a si mesmos, esclarecer os seus seguidores.

Esse religiosos “acomodados acomodadores” na visão de Joanna de Ângelis, costumam mostrar-se diante dos que lhes seguem os passos com promessas falaciosas onde sobressai o simplismo na “crença em Jesus” para que o ser humano possa “salvar-se”, pois que Ele carrega todas as faltas e problemas dos que nEle acreditam e O aceitam. É a propagação da lei do menor esforço. “Se Jesus pode assumir os meus problemas, por que iria eu carregá-los?” – deve ser o pensamento inicial dos baldos da verdadeira fé, aquela que é estruturada na razão. Desta forma, os “religiosos” pouco ou quase nada vão exigindo dos seus seguidores em matéria de transformação dos princípios educativos norteadores, não incentivam o amor pelo próximo, o prazer que é trabalhar no e pelo Bem dos demais irmãos em humanidade, indiscriminadamente.

Convivem assim com a punição do céu para os “pecadores” e a “morte” imposta por um impiedoso Deus, Aquele da época de Abraão e de Moisés.

Estivessem em suas épocas, até que se poderia dar-lhes uma certa razão, mas estamos no 3º milênio, em pleno século XXI, quando estão sendo atingidos os corações e as mentes pelas ternas e sublimes palavras de Jesus, sempre nos convidando à vivência do amor recíproco, entre todos.

Mostrou Jesus um Pai, não algo ou alguém que, para ser amado, tivesse, antes de ser temido pela Sua capacidade de punir severamente aquele que não Lhe fizesse a vontade.

Não obstante tantas informações enganosas distribuídas às pessoas naquela época recuada, havia o conforto da difusão da imortalidade da alma, pregava-se através da “ressurreição”, desfraldando assim a bandeira da esperança aos que ainda se encontravam nos alicerces dos ventres generosos do amor. Hoje, no entanto, abomina-se a idéia da reencarnação e, com isso, as mentes se desarvoram em busca de soluções cabíveis para os seus problemas, suas lutas, suas dores físicas e/ou morais.

Uma verdade precisa ser repetida: ninguém ficará totalmente e para sempre divorciado da estrutura da vida do espírito porque temos um compromisso com a Consciência Espiritual, e e Ela somente chegaremos através do conhecimento encontrado na literatura religiosa espírita.

Fatos inevitáveis estão ocorrendo na vida da criatura, cuja finalidade é despertar-lhe a realidade espiritual, por mais ela teime em se mostrar distraída. Ela é forçada à necessidade da fé religiosa como suporte de segurança, sem a qual as suas aflições se tornam acerbas e insuportáveis.

É a dor que passa a fazer o que o amor não conseguiu.

Algumas pessoas, nesses instantes, ainda buscam uma saída para não encontrar a Luz, costumando fugir pelos mecanismos depressivos ou alucinantes das drogas, simplesmente por teimosia. É, em verdade, uma relutância que leva o ser a se submeter aos impositivos transformadores de conduta e modo de viver, que uma nova vida solicita.

Toda alegria derivada dos sentidos se mostra breve, enquanto as que são decorrentes dos hábitos saudáveis e das ações enobrecidas têm sabor de perenidade. Estas, destaquemos, só podem ser detonadas pela pessoa caso ela baseie seus pensamentos e idéias no Evangelho de Jesus e Sua vivência.

Ignoram os indivíduos adormecidos que as mais doridas aflições derivam do arrependimento quanto ao tempo perdido na malversação das horas, nos abusos vividos de forma desregrada e nos compromissos não cumpridos.

Possuidores que são do conhecimento, os Nobres Espíritos, mostraram, ao trazerem à Terra a Luz Imarcescível do Espiritismo, que Ela haveria de nos iluminar, não abruptamente, porque encegueceria ou fanatizaria, mas sim de forma gradual, tocando-nos suavemente a fim de que nos adaptássemos ao seu fulgor.

Não seria pedagógico, como igualmente não o seria caso a Luz rasgasse as trevas íntimas do homem, fazendo-o sofrer em vez de torná-lo feliz, pois a quase totalidade vive atormentada pela consciência de culpa de seus erros transatos.

“O bem aturde o mal qual ocorre com a labareda que aquece e também queima”, adverte Joanna de Ângelis, mostrando o estado espiritual infantil em que estagia a humanidade e os infantis religiosos.

Inevitável o enfrentamento dos frívolos e distraídos com a Luz, abrindo espaço para que se instale em seu interior a convicção da vida imortal e como a ela chegar pelos caminhos não mais da dor, mas do amor.

ADÉSIO ALVES MACHADO

Escritor, Orador e Radialista.

Autor dos livros: Ser, Crer e Crescer – Elucidações Para uma Vida Melhor;

Diálogo com Deus – Preces de MEIMEI e Verdades que o tempo não apaga, lançado recentemente. Para adquiri-los ligue: (22) 2555-4753 ou (22) 2555-1580

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