Comunicação de um Político Corrupto Desencarnado
Fernando Rossit
Coube a mim, certa feita, dialogar com um espírito que havia sido político na sua última existência através de um médium psicofônico.
O Espírito comunicante se encontrava atordoado. Gritava enlouquecido e pedia perdão pelas suas faltas.
Dizia-se arrependido porque havia perdido uma existência inteira. Tinha reencarnado para auxiliar as pessoas no exercício da política e houvera fracassado.
Fracassara frente ao desafio quando todos os recursos foram-lhe conferidos por Deus para sua vitória, que seria trabalhar por um país mais justo. Desviara dinheiro público (que é do povo) para benefício próprio, que deveria ser aplicado na educação, saúde transporte e infraestrutura.
E gritava desesperadamente: – Minhas mãos, cadê minhas mãos?
O Espírito porque tinha um grande sentimento de culpa fizera com que suas mãos – que sempre se lhe apresentavam sujas – desaparecessem aos seus olhos. Encontrava-se mutilado.
Ninguém engana a Lei de Deus que é inexorável e incorruptível.
Após o diálogo esclarecedor e a assistência espiritual necessária para o caso, afastou-se um pouco melhor e mais calmo.
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A corrupção no Brasil afeta diretamente o bem-estar dos cidadãos brasileiros quando diminui os investimentos públicos na saúde, na educação, em infraestrutura, segurança, habitação, entre outros direitos essenciais à vida, e fere criminalmente a Constituição quando amplia a exclusão social e a desigualdade econômica.
Na prática a corrupção ocorre por meio de desvio de recursos dos orçamentos públicos da União, dos Estados e dos Municípios que são desviados para financiar campanhas eleitorais, corromper funcionários públicos, ou mesmo para contas bancárias pessoais no exterior. (Wikipedia)
A corrupção é crime. Como é praticada? Vejamos alguns itens:
* Favorecer alguém prejudicando outros.
* Aceitar e solicitar recursos financeiros para obter um determinado serviço público, retirada de multas ou em licitações favorecer determinada empresa.
* Desviar verbas públicas, dinheiro destinado para um fim público e canalizado para as pessoas responsáveis pela obra (empreiteiras).
Do lado do corrupto tem sempre o corruptor, é claro. Se tem alguém que recebe dinheiro “sujo” (dinheiro limpo é apenas aquele que se ganha com trabalho responsável e honesto), tem outro que lhe dá esse recurso em troca de um favor: o corruptor.
A corrupção é presente (em maior evidência) em países não democráticos e de terceiro mundo. Essa prática infelizmente está presente nas três esferas do poder (legislativo, executivo e judiciário).
Não é prática de somente um partido, mas se espalha pelo poder público. Se fosse somente de um partido político seria fácil, bastaria tirarmos ele de lá.
Quando o governo não tem transparência (União, Estados e Municípios) em sua administração é mais provável que haja ou que incentive essa prática.
Não existe país com corrupção zero, embora os países ricos democráticos tenham menos corrupção, porque sua população é mais esclarecida acerca dos seus direitos, sendo assim mais difíceis de enganar.
No Brasil, estudos indicam que a corrupção é maior nos municípios (acredite!!!).
Por difícil que possa parecer, o Brasil ocupa uma posição intermediária quando se “mede” o nível de percepção da corrupção (uma espécie de ranking da corrupção). Organizações internacionais classifica o Brasil em 70 lugar em nível de corrupção, dentre 175 países da lista, em ordem crescente. Quer dizer, quanto maior a classificação, maior o nível de corrupção.
Culturalmente, associa-se a imagem da pessoa que tem e acumula bens à imagem de pessoa bem-sucedida. São os símbolos do poder, o dinheiro associado ao sucesso pessoal. A nossa cultura “ocidental” valoriza o enriquecimento, não importando a sua origem, e principalmente se for aquele obtido por meios escusos, pois não há vigilância e punição efetiva para esse tipo de conduta.
Estima-se que no Brasil a corrupção atinja em torno de 200 Bilhões ao ano.
Toda sociedade corrupta sacrifica a camada pobre, que depende puramente dos serviços públicos.
A corrupção está diretamente ligada ao crescente aumento da pobreza e miséria em escala global.
Com essa importância de R$ 200 bilhões daria para dobrar o valor anual dos recursos destinados à educação, à saúde, à segurança. Em poucos anos teríamos serviços de primeiro mundo.
Concluindo, uma das barreiras para que possamos alcançar uma sociedade igualitária é o combate eficaz da corrupção não só no nosso país, mas em todo o sistema internacional, pois só neste plano atingiremos um nível de desenvolvimento adequado para os nossos cidadãos.
Fernando Rossit
Fonte: kardecriopreto.com.br