Progresso e reencarnação
Progresso e reencarnação
Já pensamos, alguma vez, sobre o que existe além do véu que separa o visível do invisível?
Pensamos sobre o que acontecerá com o nosso pensamento, após a morte do corpo físico?
Embora este assunto seja de grande importância para todos nós, poucos nos detemos a pensar nele.
Vendo na morte física uma eterna adversária, evitamos qualquer cogitação quanto ao que nos está reservado para lá das suas fronteiras.
Todavia, quem de nós pode contemplar a grandeza do Universo sem acreditar que há um plano e um Arquiteto?
Se prestarmos atenção, perceberemos que esse planejamento é evidente em todos os fenômenos que ocorrem com a natureza, dentro dos limites da nossa acanhada percepção.
Tomemos, por exemplo, o fenômeno das estações climáticas que se dão, naturalmente.
No outono, as folhas adquirem colorido variado e vão caindo docemente ao chão, não para serem destruídas, mas para serem recolhidas pela natureza e aproveitadas futuramente.
O inverno chega e estende suas cores nostálgicas. O verde alegre desaparece para dar lugar ao cinza melancólico.
Mas, e a vida estuante terá desaparecido?
Ou será que nos planos do Arquiteto há um objetivo maior?
Não demora muito e a resposta se manifesta na folhagem verdejante que arrebenta exuberante.
Das mãos do Grande Arquiteto vem a inevitável carícia da primavera para trazer vida e cor, fragrância e beleza à terra ávida.
O calor do verão é bálsamo bendito que permite a germinação e a frutificação que garantirá a perpetuidade das espécies que dele necessitam.
E esse ciclo se repete infinitamente…
Caem as folhas, secam as árvores, entristece a paisagem, mas a vida jamais fenece…
Por mais limitado seja o nosso raciocínio lógico, não podemos conceber que esse arquiteto perfeito tenha traçado, para os seres humanos, destino diferente.
Assim como acontece com as estações, nós também passamos pelo outono e nos despojamos da vestimenta carnal.
Baixam as cortinas do inverno e nos retiram de cena, no mundo visível.
Será o fim?
Não, nós apenas mergulhamos no hemisfério invisível onde a vida continua exuberante…
Logo mais surge uma nova primavera… Um corpo novo e pleno de vida nos é ofertado pelo Criador para que possamos continuar a crescer e aprender.
Novamente o calor do verão, em forma de afeto, nos aconchega num novo lar, onde aprenderemos a amar e ampliar os laços da fraternidade.
A natureza é uma lição de serviço à vida.
Serve o ar, sem o qual nada sobrevive.
Serve o verme, sustentando a vida.
Serve o gérmen, renovando a vida.
O vento passa em doce musicalidade e, conduzindo o pólen da flor, fecunda outras espécies vegetais, perpetuando a vida.
Serve o animal nas diferentes expressões da escala evolutiva em que se demora.
Serve a água preservando a vida, em todas as suas manifestações.
Serve o sol, mantendo o equilíbrio geral e, graças ao seu tropismo, se realizam os programas divinos na Terra e no sistema que a sustenta.
Não terá, então, o Arquiteto Maior um plano para o homem, ao qual deu domínio sobre todas as coisas vivas?
Pensemos nisso!
Redação do Momento Espírita