O Cristo Eterno
JESUS CRISTO NÃO NOS SALVOU COM SUA MORTE, MAS COM SUA VIDA
Publicado por Amigo Espírita em 17 abril 2018
JESUS CRISTO NÃO NOS SALVOU COM SUA MORTE, MAS COM SUA VIDA
A doutrina de que a morte de Jesus na cruz nos salva é insustentável. Sua origem se deve a dois fatos. O primeiro foi a grande emoção de tristeza que ela causou entre os primeiros cristãos. O segundo fato foi a crença judaica errada de que Deus se deleita com sacrifícios e que acabou sendo aceita por eles, o que não é surpreendente, pois eles eram também judeus. Aliás, o próprio Jesus era judeu, embora Ele tenha sido o maior herege do Judaísmo. Infelizmente, essa crença nos sacrifícios agradáveis a Deus se tornou uma das principais do cristianismo. Mas o próprio Jesus disse: “É a misericórdia que quero e não holocaustos” (Mateus 9: 13).
A missão do Nazareno foi de nos trazer e propagar a mensagem divina de amor a Deus e amor recíproco entre todos os seres humanos. E é a vivência dessa doutrina que nos abre a porta de entrada para o reino de Deus e a salvação. Mas que reino de Deus é esse? É a nossa felicidade plena que está em nós mesmos. “…o reino de Deus está entre vós.” (Lucas 17: 21). Entre nós porque esse reino é de amor incondicional e irrestrito entre todas as pessoas, até entre os inimigos. E é somente entre as pessoas, em que esse amor recíproco for mesmo verdadeiro, que o reino de Deus se torna também presente entre elas. Sim, pois, de fato, somente esse reino nos traz realmente a verdadeira felicidade, seja aqui no mundo físico, seja na dimensão espiritual.
Um exemplo desse reino de Deus entre nós é aquela paz dada por Jesus (João 14: 27). Mas é claro que devemos estar dispostos a recebê-la. E a porta aberta para recebimento dela por nós é a prática do Evangelho do excelso Mestre.
Não é que esteja errado falarmos que nós entramos no reino de Deus ou dos céus. Mas, pensando bem, é o reino de Deus que entra em nós e fica em nós onde nós estivermos no decorrer das eternidades, estejamos no mundo físico ou no dos espíritos.
Para que se realizem esse reino de Deus em nós e a nossa consequente salvação ou libertação, é necessária a reencarnação. E eis um dos vários exemplos bíblicos dela: Disse Jesus a Nicodemos que é necessário nascer de novo da água (hoje, líquido amniótico) e do espírito. Nicodemos não entendeu bem o assunto, ou fingiu que não o entendeu, pois ele queria saber mais de Jesus sobre o assunto. Então, Jesus deu outra explicação mais clara: Quem não nascer de novo da ‘carne’ e do espírito não consegue chegar ao reino dos céus (João 3: 3). Ora, nascer de novo da ‘carne’ é o indivíduo nascer de novo de seus pais. E tanto é verdade que se trata da reencarnação, que os tradutores atuais da Bíblia, para ocultarem a ideia da reencarnação, em vez de traduzirem o termo grego “anothen” por ‘de novo’ como foi durante 2.000 anos, passaram a traduzi-lo por ‘do alto’, que é também o significado de “anothen”. Mas será que os tradutores que fizeram a tradução de “anothen” por de ‘novo’, durante os 2.000 anos, estavam errados, ou os tradutores atuais estão realmente tentando esconder a ideia da reencarnação?
A reencarnação é que, realmente, nos dá a condição de evoluirmos até atingirmos o nível do reino de Deus da vida de Jesus e, por consequência, a nossa salvação! É, pois, a imitação da vida exemplar de Jesus que nos salva e não o pecado mortal de seu assassinato humilhante e vergonhoso na cruz!
Autor: José Reis Chaves (Belo Horizonte/SP)
e-mail: jreischaves@gmail.com