Vícios do Sexo – Distúrbios Sexuais

VÍCIOS DO SEXO – DISTÚRBIOS SEXUAIS

DISTÚRBIOS SEXUAIS – COMPILAÇÃO

A Casa do Espiritismo

01 – DISTÚRBIOS SEXUAIS

Emmanuel, em sua obra “Vida e Sexo”, nos informa que, quase sempre, os que chegam no além-túmulo, sexualmente desequilibrados, depois de longas perturbações, renascem no mundo tolerando moléstias insidiosas, amargando pesadas provas como conseqüência dos excessos que cometeram no passado. Então, se reencarnamos com uma distorção relacionada à área sexual, isso nos deve ser encarado como sinalizador de que cometemos graves deslizes nessa área e que necessitamos de ajustes, principalmente no setor moral.

Ainda o Espírito Emmanuel, em “O Consolador”, nos mostra que Deus não extermina as paixões dos homens, mas fá-las evoluir, convertendo-as pela dor em sagrados patrimônios da alma, competindo às criaturas dominar o coração, guiar os impulsos e orientar as tendências, na evolução sublime dos seus sentimentos. Informa Emmanuel que observamos almas numerosas aprendendo, entre as angústias sexuais do mundo, a renúncia e o sacrifício, em marcha para as mais puras aquisições do Amor Divino. De acordo com André Luiz, no livro “No Mundo Maior”, “desejo, posse, simpatia, carinho, devotamento, renúncia, sacrifício, constituem aspectos dessa jornada sublimadora. Por vezes, a criatura demora-se anos, séculos, existências diversas de uma estação a outra”.

Creio que seja importante esclarecer que nem todos os transtornos sexuais estarão sempre relacionados às experiências passadas do Espírito. Claro que, como todos nós estamos dentro de um processo maior de evolução, qualquer problema que nos afeta, invariavelmente poderá ser considerado um problema “da alma”, sendo assim, os problemas de ordem sexual podem ser considerados como resultado de dificuldades e equívocos vivenciados ao longo desta trajetória de evolução do nosso Espírito; mas, apesar disso, não podemos desconsiderar jamais as influências e os fatores da vida presente, que podem influenciar (e muito) no comportamento sexual. Aí sim, de acordo com as vivências da vida presente, pode-se vir a adquirir alguns débitos que, se não forem resolvidos nesta existência, certamente ficarão para uma próxima.

Ocasionalmente poderão aparecer, inclusive, Espíritos obsessores, e eles conseguirão influenciar aqueles que estiverem desequilibrados, mas não podemos colocar a responsabilidade toda encima da Espiritualidade, afinal, os Espíritos obsessores quase sempre possuem alguma afinidade vibracional com os obsediados, daí a sua atração (através da conduta e dos pensamentos). Além disso, são eles, também, sofredores que merecem ajuda.

Joanna de Ângelis, em “Estudos Espíritas” fala sobre como deve se dar o reajuste de uma pessoa desequilibrada sexualmente (de dentro para fora, com a Medicina tradicional aliada à ‘Medicina da Alma’): “frustração, ansiedade, exacerbação, tormento, tendências inversas e aflições devem ser solucionados, do espírito em processo de reajuste ao corpo em reparação. Mediante a terapêutica da prece e do estudo, da aplicação dos passes e do tratamento desobsessivo, a par de assistência psicológica ou psiquiátrica correta, os que se encontram comprometidos com anomalias do corpo ou da emoção, recuperam a serenidade, reparam os tecidos ultra-sensíveis do perispírito, reestruturando as peças orgânicas para a manutenção do equilíbrio na conjuntura reencarnatória”. Sobre esse assunto, André Luiz, em “No Mundo Maior” complementa essa idéia, mas faz um alerta, falando: “A endocrinologia poderá fazer muito com uma injeção de hormônios, à guisa de pronto-socorro às coletividades celulares, mas não sanará lesões do pensamento”.

02 – DISTÚRBIOS SEXUAIS

Estudos Espíritas – Sexo
Joanna de Ângelis (espírito)

Conceito – Os lexicógrafos conceituam o sexo como sendo a “conformação particular do ser vivo que lhe permite uma função ou papel especial no ato da geração”. Biologicamente, são os “caracteres estruturais e funcionais pelos quais um ser vivo é classificado como macho ou fêmea…”

A reprodução sexuada é condição inerente aos animais, e entre esses aos metazoários, sendo necessário particularizar como exceção alguns que são constituídos por organismos inferiores, cujos processos procriativos obedecem a leis especiais. Esse processo de reprodução entre os animais sexuados se dá, obedecendo à faculdade de elaboração de células próprias, tendo a Escola de Morgan, nas suas pesquisas, classificado e diferenciado as sexuais das somáticas, que são muito diferentes na constituição do organismo.

Fundamental na espécie humana para o “milagre” procriativo, é dos mais importantes fatores constitutivos da personalidade, graças aos ingredientes estimulantes ou desarmonizantes do equilíbrio, de que se faz responsável.

Considerando as conseqüências eugênicas, que o desbordar do abuso vem produzindo nas sucessivas gerações, pensam alguns estudiosos quanto à necessidade de ser aplicada a Eutanásia nos “degenerados”, a fim de evitar-se um “crepúsculo genético”, incorrendo, conseqüentemente, na realização de um hediondo “crepúsculo ético” de resultados imprevisíveis. Isto, porque o sexo tem sido examinado, apenas, de fora para dentro, sem que os mais honestos pesquisadores estejam preocupados em estudá-lo de dentro para fora, o que equivale dizer: do espírito para o corpo.

Aferrados a crasso materialismo em que se fixam, não se interessam esses estudiosos pela observância das realidades espirituais, constitutivas da vida, no que incidem e reincidem, por viciação mental ou simples processo atávico, em relação aos cientistas do passado.

O sexo, porém, queira-se ou não, nas suas funções importantes em relação à vida, procede do espírito, cujo comportamento numa existência insculpe na vindoura as condições emocionais e estruturais necessárias à evolução moral.

Desdobramento – A princípio, considerado instrumento de gozo puro e simples, através do qual ocorria a fecundação sem maiores cuidados, passou, nas Civilizações do pretérito, a campo de paixões exorbitantes, que, de certo modo, foram responsáveis pela queda de grandes Impérios, cujos governantes e povos, alçados à condição máxima de dominadores, permitiram-se resvalar pelas rampas do exagero encarregado de corromper os costumes e hábitos, amolentando caracteres e sentimentos, que culminaram na desagregação das sociedades, que chafurdaram, então, em fundos fossos de sofrimento e anarquia.

Perseguido e odiado após a expansão da Igreja Romana, transformou-se em causa de desgraças irreparáveis, que por séculos sucessivos enlutaram e denegriram gerações.

Pelas suas implicações na emotividade humana, a ignorância religiosa nele viu adversário soez que deveria ser destruído a qualquer preço, facultando sucessivas ondas de crimes contra a Humanidade, crimes esses que ainda hoje constituem clamorosos abusos de que o homem mesmo se fez vítima inerme.

Cultivado, depois, passou pelo período do puritanismo, em que a moral experimentou conceituação aberrante e falsa, dando lugar a nefandos conúbios de resultados funestos.

A Sigmund Freud, sem dúvida, o indigne médico vienense, deve-se a liberação do sexo, que vivia envolto em tabus e preconceitos, quando se propôs examiná-lo com vigorosa seriedade, tentando penetrar-lhe as nascentes, através do comportamento histérico e normal dos seus pacientes, tendo em vista a necessidade de elucidar as incógnitas de larga faixa dos neuróticos e psicóticos que lhe enxameavam a clínica, e desfilavam, desfigurados, padecendo sofrimentos ultrizes nos manicômios públicos.

Lutando tenazmente contra a ignorância dos doutos e a estultície dos ignorantes, arrostando as conseqüências da impiedade e da má-fé da maioria aferrada ao dogmatismo chão e às superstições a que se vinculavam, teve o trabalho grandemente dificultado, vendo-se obrigado ao refúgio do materialismo, transferindo para a libido a responsabilidade por quase todos os problemas em torno da neurose humana. Graças a isso, passou a ver o sexo em tudo, pecando, por ocasião da elaboração das leis da Psicanálise, pelo excesso de tolerância a respeito do comportamento sexual, no que classificou inibições, frustrações, castrações e complexos do homem como sendo seus próprios problemas sexuais… Os cooperadores de Freud alargaram um pouco mais os horizontes da análise, sem contudo, detectarem no espírito as nascentes das distonias emocionais das variadas psicopatias…

Com a Era Tecnológica, ante as novas realidades sociais, graças à “civilização de consumo”, o sexo abandonou o recato, a pudicícia, para ser trazido à praça da banalização com os agravantes do grosseiro desgaste do seu valor real, num decorrente barateamento, incidindo na vida da comunidade ao impacto dos veículos de comunicação com o poder da sua ciclópica penetração, da maneira destruidora, aniquilante…

Elevado à condição de fator essencial em tudo, é agora razão de todos os valores, produzindo mais larga faixa de desajustados, enquanto se faz mais vulgar, mais mesquinho, mais brutalizado…

Problemas de exigência psiquiátrica, distonias de realidade esquizóide, gritando urgência de terapêutica especializada, defecções morais solicitando disciplina, educação e reeducação constituem manchetes da leviandade, como se fossem esses ou reais processos da vida e a reflexão como o equilíbrio passassem a expressões de anomalia carecente de execração…

Transsexualismo e heterossexualidade expulsos dos porões sórdidos da personalidade humana doentia, deixaram as salas hospitalares e os pátios dos frenocômios para os desfiles das ruas, acolitados por desenfreada sensualidade, através de cujos processos mais aumentam as vagas do desequilíbrio.

Incontestavelmente impressos nos painéis do psicossoma os comprometimentos morais em que o ser se emaranhou, estes impõem a necessidade da limitação, como presídio de urgência, no homosssexualismo, no hermafroditismo, na frigidez e noutros capítulos da Patologia Médica, nos casos dos atentados ao pudor, traduzindo todos eles o impositivo da Lei Divina que convoca os infratores ao imperioso resgate, de modo a que se reorganizem nesta ou naquela forma, masculina ou feminina, a fim de moralizar-se, corrigir-se e não se corromper, mergulhando em processos obsessivos e alucinatórios muito mais graves, que logo mais padecerão…

Sexo e Espiritismo – Ante quaisquer problemas de ordem sexual, merece considerar-se a importância da vida, das leis de reprodução, contribuindo para o fortalecimento das estruturas espirituais na construção da paz interior de cada um.

Frustração, ansiedade, exacerbação, tormento, tendências inversas e aflições devem ser solucionados, do espírito em processo de reajuste ao corpo em reparação.

Mediante a terapêutica da prece e do estudo, da aplicação dos passes e do tratamento desobsessivo, a par de assistência psicológica ou psiquiátrica correta, os que se encontram comprometidos com anomalias do corpo ou da emoção, recuperam a serenidade, reparam os tecidos ultra-sensíveis do perispírito, reestruturando as peças orgânicas para a manutenção do equilíbrio na conjuntura reencarnatória.

A preservação da organização genésica na faculdade sublime das suas finalidades impõe-se como dever imediato para a lucidez do homem convocado ao erguimento do Novo Mundo de amor e felicidade a que se refere o Evangelho e o Espiritismo confirma, através do bem a espalhar-se hoje por toda parte, repetindo a moral do Cristo, insubstituível e sempre atual.

Estudo e Meditação:

“Que efeito teria sobre a sociedade humana a abolição do casamento?

Seria uma regressão à vida dos animais.”

“Qual das duas, a poligamia ou a monogamia, é mais conforme à lei da Natureza?

A poligamia é lei humana cuja abolição marca um progresso social. O casamento, segundo as vistas de Deus, tem que se fundar na afeição dos seres que se unem. Na poligamia não há afeição real: há apenas sensualidade.” (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questões 696 e 701.)

“Para ser mais exato, é preciso dizer que é o próprio Espírito que modela o seu envoltório e o apropria às suas novas necessidades; aperfeiçoa-o e lhe desenvolve e completa o organismo, à medida que experimenta a necessidade de manifestar novas faculdades; numa palavra, talha-o de acordo com a sua inteligência. Deus lhe fornece os materiais; cabe-lhe a ele empregá-los. É assim que as raças adiantadas têm um organismo, ou se quiserem, um aparelhamento cerebral mais aperfeiçoado do que as raças primitivas. Desse modo igualmente se explica o cunho especial que o caráter do Espírito imprime aos traços da fisionomia e às linhas do corpo.” (A Gênese, Allan Kardec, cap. XI, item 11.)

Texto extraído do livro Estudos Espíritas, de Divaldo Pereira Franco pelo espírito de Joanna de Ângelis.

03 – DISTÚRBIOS SEXUAIS

Espiritualmente falando, todos nós somos seres em busca do equilíbrio. A maior parte de nós traz graves comprometimentos no que diz respeito ao campo sexual. André Luiz, no livro “Sinal Verde” afirma que “psicologicamente, cada pessoa conserva, em matéria de sexo, problemática diferente”.

Ainda André Luiz, no livro “No Mundo Maior”, fala que os enigmas do sexo não se reduzem a meros fatores fisiológicos, e acrescenta ainda, em “Evolução em Dois Mundos”, que a sede real do sexo não se acha no veículo físico, mas sim na entidade espiritual, em sua estrutura complexa.

Vejamos um resumo do que André Luiz nos fala, sobre as “enfermidades do instinto sexual”, no livro “No Mundo Maior”:

“As cargas magnéticas do instinto, acumuladas e desbordantes na personalidade, à falta de sólido socorro íntimo para que se canalizem na direção do bem, obliteram as faculdades, ainda vacilantes, do discernimento e, alheia ao bom senso, a criatura lesada em seu equilíbrio sexual
costuma entregar-se à rebelião e à loucura em síndromes espirituais de ciúme ou despeito.

Daí nascem as psiconeuroses, os colapsos nervosos, as fobias numerosas, os desvios da libido, a neurose obsessiva, as psicoses e as fixações mentais diversas que originam na ciência de hoje as indagações e os conceitos da psicologia de profundidade, na esfera da Psicanálise, que identifica as enfermidades ou desajustes do instinto sexual sem oferecer-lhes medicação adequada, porque apenas o conhecimento superior, gravado na própria alma, pode opor barreiras à extensão do conflito existente, traçando caminhos novos à energia criadora do sexo, quando em perigoso desequilíbrio.

Inútil é supor que a morte física ofereça solução pacífica aos espíritos em extremo desequilíbrio, que entregam o corpo aos desregramentos passionais. A loucura, em que se debatem, não procede de simples modificações do cérebro: dimana da desassociação dos centros perispiríticos, o que exige longos períodos de reparação.

Assim, à face das torturas genésicas a que se vê relegada, (a criatura) gera aflitivas contas cármicas a lhe vergastarem a alma no espaço e a lhe retardarem o progresso no tempo. Desse modo, por semelhantes rupturas dos sistemas psicossomáticos, harmonizados em permutas de cargas magnéticas afins, no terreno da sexualidade física ou exclusivamente psíquica, é que múltiplos sofrimentos são contraídos por nós todos, no decurso dos séculos, porquanto, se forjamos inquietações e problemas nos outros, com o instinto sexual, é justo que venhamos a solucioná-los em ocasião adequada”.

Joanna de Ângelis confirma estas informações, no livro “Estudos Espíritas”, onde afirma que o sexo, queira-se ou não, nas suas funções importantes em relação à vida, procede do Espírito, cujo comportamento numa existência grava na próxima (existência) as condições emocionais e estruturais necessárias à evolução moral.

03 – DISTÚRBIOS SEXUAIS

Emmanuel, em sua obra “Vida e Sexo”, nos informa que, quase sempre, os que chegam no além-túmulo, sexualmente desequilibrados, depois de longas perturbações, renascem no mundo tolerando moléstias insidiosas, amargando pesadas provas como conseqüência dos excessos que cometeram no passado. Então, se reencarnamos com uma distorção relacionada à área sexual, isso nos deve ser encarado como sinalizador de que cometemos graves deslizes nessa área e que necessitamos de ajustes, principalmente no setor moral.

Ainda o Espírito Emmanuel, em “O Consolador”, nos mostra que Deus não extermina as paixões dos homens, mas fá-las evoluir, convertendo-as pela dor em sagrados patrimônios da alma, competindo às criaturas dominar o coração, guiar os impulsos e orientar as tendências, na evolução sublime dos seus sentimentos. Informa Emmanuel que observamos almas numerosas aprendendo, entre as angústias sexuais do mundo, a renúncia e o sacrifício, em marcha para as mais puras aquisições do Amor Divino. De acordo com André Luiz, no livro “No Mundo Maior”, “desejo, posse, simpatia, carinho, devotamento, renúncia, sacrifício, constituem aspectos dessa jornada sublimadora. Por vezes, a criatura demora-se anos, séculos, existências diversas de uma estação a outra”.

Creio que seja importante esclarecer que nem todos os transtornos sexuais estarão sempre relacionados às experiências passadas do Espírito. Claro que, como todos nós estamos dentro de um processo maior de evolução, qualquer problema que nos afeta, invariavelmente poderá ser considerado um problema “da alma”, sendo assim, os problemas de ordem sexual podem ser considerados como resultado de dificuldades e equívocos vivenciados ao longo desta trajetória de evolução do nosso Espírito; mas, apesar disso, não podemos desconsiderar jamais as influências e os fatores da vida presente, que podem influenciar (e muito) no comportamento sexual. Aí sim, de acordo com as vivências da vida presente, pode-se vir a adquirir alguns débitos que, se não forem resolvidos nesta existência, certamente ficarão para uma próxima.

Ocasionalmente poderão aparecer, inclusive, Espíritos obsessores, e eles conseguirão influenciar aqueles que estiverem desequilibrados, mas não podemos colocar a responsabilidade toda encima da Espiritualidade, afinal, os Espíritos obsessores quase sempre possuem alguma afinidade vibracional com os obsediados, daí a sua atração (através da conduta e dos pensamentos). Além disso, são eles, também, sofredores que merecem ajuda.

Joanna de Ângelis, em “Estudos Espíritas” fala sobre como deve se dar o reajuste de uma pessoa desequilibrada sexualmente (de dentro para fora, com a Medicina tradicional aliada à ‘Medicina da Alma’): “frustração, ansiedade, exacerbação, tormento, tendências inversas e aflições devem ser solucionados, do espírito em processo de reajuste ao corpo em reparação. Mediante a terapêutica da prece e do estudo, da aplicação dos passes e do tratamento desobsessivo, a par de assistência psicológica ou psiquiátrica correta, os que se encontram comprometidos com anomalias do corpo ou da emoção, recuperam a serenidade, reparam os tecidos ultra-sensíveis do perispírito, reestruturando as peças orgânicas para a manutenção do equilíbrio na conjuntura reencarnatória”. Sobre esse assunto, André Luiz, em “No Mundo Maior” complementa essa idéia, mas faz um alerta, falando: “A endocrinologia poderá fazer muito com uma injeção de hormônios, à guisa de pronto-socorro às coletividades celulares, mas não sanará lesões do pensamento”.

04 – DISTÚRBIOS SEXUAIS

Masturbação – Mitos e Conseqüências Segundo o Espiritismo

Jorge Luiz Hessen *

Muitas pessoas vivem angústias profundas em torno das diretrizes comportamentais na área sexual e isso é compreensível em nosso estágio de humanidade. Por isso, escrevemos alguns argumentos sobre o tema, a fim de que possamos com a Doutrina espírita aprender um pouco mais.

O Espiritismo explica baseado no livre-arbítrio, no percurso de vidas anteriores e na evolução moral de cada um, como estes assuntos devem ser tratados. Lembrando sempre que “cada caso é um caso e muito particular”.

Uma dessas ansiedades é a masturbação, que segundo Sigmund Freud, é envolvida em muito preconceito, graças ao dogmatismo religioso que estigmatiza a sexualidade. Vai distante a época em que se decretava que a masturbação conduzia à loucura e ao inferno. Normal no adolescente que está descobrindo a sexualidade, freqüente nos corações solitários, o problema é que ela favorece a viciação, aguçando o psiquismo do indivíduo com sensualidade avivada. Por outro lado, obsta a sublimação das energias sexuais, quando as circunstâncias nos convocam à castidade, incitando-nos a canalizá-las para as realizações mais enobrecedoras. Vale dizer: há uma energia sexual que precisa ser controlada, não necessariamente através da prática sexual, mas direcioná-la a outras atividades, inclusive a prática da caridade.

A consciência nos sussurra que relação sexual presume dois parceiros. O auto-erotismo não deixa de ser uma busca de “prazer” egoísta, por isso mesmo, toda prudência é imprescindível. Na área sexual, urge vigilância permanente, pois, na maioria das vezes ao se masturbar, a criatura não está tão solitária como imagina. Espíritos das sombras, viciados no sexo, muitas vezes estimulam este vício solitário, prejudicando casais quando o parceiro opta por masturbar-se. Entretanto, mister considerar que cada caso é um caso, sem desconsiderar jamais que o equilíbrio e a disciplina mental precisam ser alcançados. Por isso o Espírito Emmanuel, no livro “O Consolador”, questão 184, psicografado por Chico Xavier, orienta-nos que, “ao invés da educação sexual pela satisfação dos instintos, é imprescindível que os homens eduquem sua alma para a compreensão sagrada do sexo”.

O uso indevido de qualquer função sexual produz distúrbios, desajustes, carências, que somente a educação do hábito consegue harmonizar. Afinal, o homem não é apenas um feixe de sensações, mas, também, de emoções, que podem e devem ser dirigidas para objetivos que o promovam, nos quais centralize os seus interesses, motivando-o a esforços que serão compensados pelos resultados benéficos.

A vida saudável na esfera do sexo decorre da disciplina, da canalização correta das energias, da ação física: pelo trabalho, pelos desportos, pelas conversações edificantes que proporcionam resistência contra os arrastamentos da sensualidade, auxiliando o indivíduo na conduta. Muitas pessoas consideram o prazer apenas como sendo uma expressão da lascívia, e se esquecem daquele que decorre dos ideais conquistados, da beleza que se expande em toda parte e pode ser contemplada, das encantadoras alegrias do sentimento afetuoso, sem posse, sem exigência, sem o condicionamento carnal.

Será que devemos depreender que o Espiritismo proíbe toda a atividade sexual?! De modo algum. O Espiritismo nada proíbe. Deixa ao livre-arbítrio, à decisão consciente de cada um a atitude a tomar. Limita-se a dar orientação e a demonstrar que atitudes mal tomadas dão intranqüilidade e insatisfação e coloca-nos perante a realidade e vantagens do uso consciente da vida.

A Doutrina Espírita apresenta a sexualidade despida da conotação religiosa dogmática que consagrou o sexo pecaminoso, sujo, proibido e demoníaco. Todavia, não legitima o enquadramento da sociedade atual que consubstanciou o sexo como objeto de consumo, devasso e trivial. A proposta espiritista é da energia criadora que necessita estar sedimentada pela lógica e pelo sentimento, pelo respeito e entendimento, pela fidelidade e amor, a fim de propiciar a excelsitude e a paz, ou seja, “Um sexo para a vida e não uma vida para o sexo!”

Para Emmanuel, no livro “Vida e Sexo”, diante das proposições a respeito do sexo, é justo sintetizar-se todas as digressões possíveis nas seguintes normas: não proibição, mas educação; não abstinência imposta, mas emprego digno, com o devido respeito aos outros e a si mesmo; não indisciplina, mas controle; não impulso livre, mas responsabilidade. Fora disso, é teorizar simplesmente, para depois aprender ou reaprender com a experiência. Sem isso, será enganar-nos, lutar sem proveito, sofrer e recomeçar a obra da sublimação pessoal, tantas vezes quantas se fizerem precisas, pelos mecanismos da reencarnação, porque a aplicação do sexo, ante a luz do amor e da vida, é assunto pertinente à consciência de cada um.

Ninguém se burila de um dia para outro. Conversões religiosas exteriores não alteram, de improviso, os impulsos do coração. Achamo-nos muito longe da meta para alcançar o projeto de acrisolamento sexual. A rigor, nenhum de nós consegue se conhecer tão exatamente, a ponto de saber, hoje, qual o tamanho da experiência afetiva que nos aguarda no futuro. Não há como penetrarmos nas consciências alheias e cada um de nós, ante a Sabedoria Divina, é um caso particular, no que tange ao amor, reclamando compreensão. Em face disso, muitos de nossos erros imaginários na Terra são caminhos certos para o bem, ao passo que muitos de nossos acertos hipotéticos são trilhas para o mal de que nos desvencilharemos, um dia!…

A energia sexual, como recurso da lei de atração, na perpetuidade do Universo, é inerente à própria vida, gerando cargas magnéticas em todos os seres, face às potencialidades criativas de que se reveste. À medida que a individualidade evolui, passa a compreender que a energia sexual envolve o impositivo de discernimento e responsabilidade em sua aplicação. Por isso mesmo, deve estar controlada por valores morais que lhe garantam o emprego digno, seja na criação de formas físicas, asseguradora da família, ou na criação de obras beneméritas da sensibilidade e da cultura para a reprodução e extensão do progresso e da experiência, da beleza e do amor, na evolução e burilamento da vida no Planeta.

Nas ligações afetivas terrenas encontramos as grandes alegrias. No entanto, é também dentro delas que somos habitualmente defrontados pelas mais duras provações. Embora não percebamos de imediato, recebemos, quase sempre, no companheiro ou na companheira da vida íntima, os nossos próprios reflexos.

Analisemos o matrimônio, por exemplo, que pode perfeitamente ser precedido de doçura e esperança, mas isso não impede que os dias subseqüentes, em sua marcha incessante, tragam aos cônjuges os resultados das próprias criações que deixaram para trás. Parceiro e parceira, nos compromissos do lar, precisam reaprender na escola do amor, reconhecendo que, acima da conjunção corpórea, fácil de se concretizar, é imperioso que a dupla se case, em espírito – sempre mais em espírito -, dia por dia. Até porque extinta a fogueira da paixão na retorta da organização doméstica, remanesce da combustão o ouro vivo do amor puro, que se valoriza, cada vez mais, de alma para alma, habilitando o casal para mais altos destinos na Vida Superior, até porque é o Espírito quem ama e não o corpo, de sorte que, dissipada a ilusão material, o Espírito vê a realidade que transcende à vida física.

Urge considerar que a Vontade de Deus, na essência, é o dever em sua mais alta expressão traçado para cada um de nós, no tempo chamado “hoje”. E se o “hoje” jaz viçado de complicações e problemas, a repontarem do “ontem”, depende de nós a harmonia ou o desequilíbrio do “amanhã”. Destarte, o instinto sexual, exprimindo amor em expansão incessante, nasce nas profundezas da vida, orientando os processos da evolução.

Importa considerar que diante do sexo, não nos achamos, de nenhum modo, à frente de um despenhadeiro para as trevas, mas perante a fonte viva das energias em que a Sabedoria do Universo situou o laboratório das formas físicas e a usina dos estímulos espirituais mais intensos para a execução das tarefas que esposamos, em regime de colaboração mútua, visando ao rendimento do progresso e do aperfeiçoamento entre os homens.

Cada homem e cada mulher que ainda não se angelizou ou que não se encontre em processo de bloqueio das possibilidades criativas, no corpo ou na alma, traz, evidentemente, maior ou menor percentagem de anseios sexuais, a se expressarem por sede de apoio afetivo. É claramente nas lavras da experiência, errando e acertando e tornando a errar para acertar com mais segurança, que cada um de nós – os filhos de Deus em evolução na Terra – conseguirá sublimar os sentimentos que nos são próprios, de modo a nos erguer, em definitivo, para a conquista da felicidade celeste e do Amor Universal.

* Jorge Luiz Hessen é natural do Rio de Janeiro, nascido em 18/08/1951. É Servidor Público Federal lotado no INMETRO de Brasília; Formação acadêmica: Licenciado em Estudos Sociais e Bacharel em História, Escritor (dois livros publicados) Jornalista e articulista com vários artigos publicados na Revista O médium de Juiz de Fora, Reformador da FEB, O Espírita de Brasília (pertence ao conselho editor), do Jornal da Federação de Mato Grosso e do Jornal da FEDERAÇÃO DO DF. Artigo gentilmente oferecido para publicação no site do Instituto Espírita Batuíra de Saúde Mental. Mais artigos podem ser acessado no site http://meuwebsite.com.br/jorgehessen.

05 – DISTÚRBIOS SEXUAIS

“Sexo, Problemas e Soluções”

Emídio Brasileiro e Marislei Brasileiro
O livro em destaque é estruturado de forma didática, em forma de perguntas e respostas, sobre a origem do sexo, a natureza da libido e da energia sexual reprodutora, as relações da sexualidade com a evolução espiritual, o papel da educação, os seres humanos durante a infância, adolescência, a maturidade e a senectude. Aborda ainda a relação entre religião e o enfoque sexual, o casamento. Emmanuel já tratara do assunto, no livro “Vida e Sexo”, trazendo-nos sua abordagem lúcida e oportuna.

Na obra recomendada, encontramos análise ampla e profunda sobre os distúrbios e desvios sexuais de ordem psicopatológicas, tais como travestismo, troca de casais, ninfomania, necrofilia, dentre outros.Também traz estudos sobre o futuro da vida sexual, segundo os estudos fundamentados nas revelações dos Espíritos Superiores – a transcendência do Espírito e a sublimação do sexo.

Na última pergunta – “Quando a Humanidade estará amadurecida para compreender a sublimidade do sexo, como sendo uma Lei Divina para o bem da evolução?”, a resposta: “Quando estiver esclarecida, educada e convencida de que não há outro caminho para a felicidade, senão o caminho da evolução intelectual e moral, conforme o princípio do amor ao próximo, da concepção da transitoriedade da vida material e da eternidade da vida espiritual.”
Sonia Theodoro da Silva.

Esta entrada foi publicada em A Família, Artigos, Ciência, Espiritismo, Sexualidade, Transição. Adicione o link permanente aos seus favoritos.

Deixe um comentário