LEI DA DESTRUIÇÃO E LEI DO PROGRESSO
Alfredo Zavatte – Exibir blog
LEI DA DESTRUIÇÃO E LEI DO PROGRESSO
Estamos vivendo dias confusos. A situação atual nos preocupa e nos faz refletir em todas as esferas, material e espiritual.
Entretanto, é necessário que alarguemos os horizontes de nossa vista para um futuro que nos aponte a possibilidade de prosseguir confiantes e seguros de que na vida tudo passa. O progresso é lei natural e nada poderá impedir ou atrapalhar que ele aconteça.
O tempo para isso só dependerá de cada um de nós. Nesse contexto, o benfeitor Emmanuel, no prefácio do Livro “Brasil Coração do Mundo e Pátria do Evangelho”, escreve:
[… lembremo-nos que Roma e a Grécia antigas foram potências mundiais e centros das atenções, como civilizações que estiveram no auge. Mas caíram. Tiveram sua hora de gloria, mas também seu momento de decadência. Isso também aconteceu com os impérios português e espanhol, que se alastraram por todo o planeta. França e Inglaterra também tiveram o seu momento marcados no relógio do tempo. Tudo demonstra-nos dias de evolução da humanidade.
Outros povos também atestaram o progresso, materializados e transitórios. O Brasil terá a sua expressão imortal na vida do Espírito, representando a fonte de um pensamento novo, sem as ideologias de separatividade, inundando todos os campos das atividades humanas com uma nova luz…]
Houve sim, crescimento e evolução, embora muito pouco. Trazemos, ainda, resquícios atávicos do passado. Pensemos em como se agia na Roma antiga ou na época da Inquisição, onde se praticava o mal e até matava-se em nome de Deus. Já não se faz mais isso, os antigos conceitos foram abandonados, apesar das velhas armaduras terem sido substituídas pelo terno e pela gravata e as armas, serem canetas. Hoje, uma assinatura pode matar muitos e manter o povo cativo através de leis elaboradas para proveito próprio e não para o bem do povo.
Se desejarmos realmente ser a Pátria do Evangelho, teremos que acolher a todos os irmãos em conflito. Teremos que separar o joio do trigo sim, porém sem nos esquecer de que ambos brotaram da mesma terra, sem nenhuma distinção. Cada qual terá que fazer o trabalho que lhe caiba.
E, quanto a nós, peçamos a Deus que nos fortaleça, nos inspire e abençoe, sustentando-nos nos embates que a vida nos oferecer, como oportunidade de crescimento moral. A evolução não dá saltos, nem nós, humanos, evoluímos em saltos. Ela é lento e gradativa, pois em tudo há uma proposta de mudança, que temos que absorver e colocar em prática. Nem todos estão muito empenhados em evoluir e deixar sua “zona de conforto”, abdicando de regalias em detrimento do bem estar dos mais necessitados. Muito poucos estão dispostos à essa proposta.
Os Espíritos nos ensinam, na pergunta 728 do Livro dos Espíritos, alusiva à Lei da Destruição, “…que é preciso que tudo se destrua para renascer e se regenerar. Porque o que chamais destruição não passa de uma transformação, que tem por fim a renovação e melhora dos seres vivos”.
Por outro lado no mesmo livro, pergunta 781, quando é arguido o Espirito Verdade: “Tem o homem o poder de paralisar a marcha do progresso”? Em resposta temos: “Não, mas tem o poder de embaraça-la”. Convém que o leitor observe, no cenário em que estamos vivendo, quantos não estão embaraçando a marcha do progresso com suas artimanhas.
Já no item “a” da mesma pergunta, está assim disposto: “O que se deve pensar dos que tentam deter a marcha do progresso e fazer com que a Humanidade retrograde? R: Pobres seres, serão levados de roldão pela torrente que procuram deter”.
Assim, acreditem os homens ou não nas palavras dos Espíritos, ou, se descrentes de tudo, julgam que a vida termina no túmulo, cada um será julgado, segundo seus feitos, pela sua consciência. Não se iludam que ao morrer tudo termina e que todo mal praticado ficará isento de responsabilidade por aquele que o praticou.
A lei do progresso segue sua marcha, lenta e regular. Quando um povo não progride tão depressa quanto deveria, o Criador o sujeita, de tempos em tempos, a um abalo físico ou moral que o transforma, pois o homem não pode indefinidamente conservar-se na ignorância das leis que regem o Universo. A perfeição terá que ser atingida, terá que se instruir pela força das coisas, pelas revoluções morais e sociais que serão infiltradas nas ideias, pouco a pouco. E germinarão no decorrer dos séculos, desmoronando os edifícios da ignorância do passado, deixando tudo em harmonia com as novas necessidades da humanidade, fazendo com que o Planeta renasça para novas inspirações que o conduzirão a dias melhores.
Paz a seu Espírito