Inércia e ação
Postado por Antonio Carlos Navarro em 15 abril 2017 – Exibir blog
Os grandes vultos da humanidade são reconhecidos por suas realizações, na proporção direta do impacto positivo que causaram e pelos benefícios decorrentes aos seres humanos.
Todas as grandes invenções e descobertas, mesmo que com aparente acaso em sua gênese, sempre foram frutos da dedicação e constância de seus descobridores e autores.
A busca por algo a mais, pelo próximo estágio, por uma condição funcional melhor, faz parte do norte dos que, metodicamente, exercitam a curiosidade positiva diante das condições da vida.
A determinação e a perseverança sempre foram, e sempre serão, o fiel da balança.
Por outro lado, não se tem notícias de que a inércia, ou a preguiça, tenha produzido resultados positivos a quem quer que seja.
A má vontade e o pessimismo nunca criaram nada de útil a ninguém. Ao contrário, só produziram prejuízos de toda sorte.
A crítica irônica também jamais produziu benefícios a humanidade.
É natural, portanto, que resultados benéficos sejam frutos da vontade bem empregada, somada ao conhecimento pertinente à causa objetivada.
Os grandes realizadores sempre deixaram claro, implícita e explicitamente, que a fórmula comportamental do sucesso em suas empreitadas foi o enfrentamento das adversidades e a busca por novas interpretações, novas possibilidades de uso, novas e mais facilitadoras condições de vida.
É a busca pela excelência, pelo melhor, pelo mais belo.
Trazendo esse raciocínio para o dia a dia de nossas vidas, facilmente perceberemos que se não estamos satisfeitos com a vida que vivemos, poderemos identificar a problemática fazendo, de boa vontade, os seguintes questionamentos:
– O que tenho feito de errado para estar vivendo esse estado de coisas?
– O que tenho deixado de fazer de certo para estar vivendo esse estado de coisas?
Em qualquer dos casos, percebamos, é uma questão de ação. Deixar de fazer o errado, e começar a fazer o certo, mas somente deixar de fazer o errado, ainda não será suficiente. É preciso fazer o certo.
Temos aprendido com a Doutrina Espírita, que somos seres em evolução, e isso significa alcançar novos estágios progressivamente – é da Lei Natural – e que, é evidente, só se dará através da ação pessoal. Teremos que agir, e agir sempre.
Por qualquer ângulo que se analise o trabalho sempre será a melhor solução.
Nesse sentido, Nosso Senhor Jesus Cristo foi muito claro ao nos informar que seria necessário termos bom ânimo – uma opção pessoal – diante das dificuldades do mundo. E que podemos fazer muito mais do que Ele fez, se forem desenvolvidas as condições necessárias para tal.
E no que tange ao trabalho útil que produz resultados, disse Ele que Deus trabalha o tempo todo, e Ele também o faz, por coerência à Lei Maior.
Se assim é, por que lamentar a sorte, se já se sabe que a Lei Natural sempre subordina à colheita do que foi plantado?
Ou se desejamos mudar a realidade em que se estagia, não há outra solução senão o trabalho, a persistência no bem, a busca pelo como as coisas funcionam, quais são as leis que regem a vida, e isso tudo nós encontramos no Evangelho e na Doutrina Espírita que são frutos do trabalho incansável de Espíritos Superiores para nosso benefício, e que, dando o exemplo, nos orientam e esperam que façamos algo a mais no mesmo sentido.
Fujamos, com celeridade, à inércia que nos põe em estado de atraso e que provoca dores.
Pensemos nisso.
Antônio Carlos Navarro