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“Falando construímos”. Assim iniciam os autores o presente capítulo. Mas que tipo de construção ergueremos com nossa fala? A do apocalipse ou da conciliação; do bombeiro ou do incendiário?
Se diariamente reverenciarmos desastres, mágoas, doenças, pesadelos, profecias temerárias, impressões infelizes… certamente a do apocalipse ou do incendiário!
Que homem é esse que comigo convive do qual eu não posso salientar um só ponto positivo? Não é ele do mesmo Planeta em que vivo? Será sua moral muito diferente da minha?
Depois que a desídia e a incúria se instalaram na preparação da Copa no Brasil, em prejuízo de obras necessárias à saúde e à educação, adianta pregar o apocalipse sobre o desenrolar do evento? Não seria erro sobre erro?
Pensando, plasmamos; falando plasmamos; repetindo plasmamos… Não seria conveniente falarmos, pensarmos, repetirmos sobre saúde, beleza, soluções, ao invés de doenças, mágoas e ódios?
Enquanto damos voz e vida às profecias temerárias elas estarão se alastrando como rastilho de pólvora. Provenientes de onde, mesmo, tais alardes? Qual o santo profeta que as preconizou?
Será que toda a catástrofe que a mídia noticiou, com lesão aos bons anúncios, anula todas as obras edificantes realizadas e que não foram veiculadas?
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As ofensas de ontem; o espinho de ontem; a pedra no sapato de ontem; a noite de ontem; que fiquem no ontem, pois hoje…
… Há um sol lá fora! Falarei da bondade de Deus, da sabedoria do tempo, da beleza das estações, das sagradas lembranças. Reportar-me-ei ao que foi ensinado, a quem confortou, a quem se comoveu, se emocionou, se importou, atendeu, serviu, curou, benzeu… Farei apologias ao reconforto!
“Não comentes o mal, senão para exaltar o bem” (Emmanuel).
(Sintonia: Cap. Falar, pg. 80, Livro da esperança, de Emmanuel/Chico, CEC Editora) – (Outono frio de 2014).